Fecomércio-RS projeta aumento nas vendas do comércio varejista para o Dia da Criança
A Fecomércio-RS projeta um aumento real de 3% a 4% nas vendas do comércio varejista gaúcho para o Dia da Criança, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo recente avaliação econômica, alguns importantes movimentos da economia contribuem para essa projeção. Um deles diz respeito aos valores dos brinquedos – item mais procurado pelos consumidores na data -, e que tiveram um comportamento de preço inferior à média da economia. Enquanto o acumulado em 12 meses do IPCA na região Metropolitana de Porto Alegre registrou elevação de 4,70%, os brinquedos tiveram redução de preço de 2,98%. Ainda que o câmbio tenha influência no preço final, pois uma grande parcela dos produtos é importado, não houve aumento significativo, explica o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. Segundo o dirigente, contribuem ainda para a estimativa da Fecomércio-RS o menor percentual de famílias endividadas, 67,4%, contra 74,4% apurados em 2017, e uma leve melhora na economia, registrada em dados como o índice de inadimplência. Além disso, taxa de juros menores e uma intenção de consumo mais alta do que apurada no mesmo período do ano anterior, superior à registrada em 2017 pelo indicador de intenção de consumo das famílias, também favorecem vendas maiores na data. Neste ano, também os consumidores gaúchos têm maior disponibilidade de renda para fazer compras, se analisada a queda no comprometimento da renda com dívidas, atualmente em 20,25%.
De acordo com a análise, além dos brinquedos, outros setores do comércio varejista, como vestuário e calçados, equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, como jogos, celulares e tablets, devem sentir reflexos positivos nas vendas neste 12 de outubro. Por outro lado, um fator que tem chamado cada vez mais relevância é a questão demográfica. Somente entre 2017 e 2018, a estimativa é de uma queda de 0,5% na população com idade entre 0 e 14 anos. O número de crianças entre 0 e 14 anos em 2018 é 10,15% menor do que o existente em 2010. “Esse tipo de característica tende a diminuir o número de presentes na data, mas a aumentar o ticket médio dos consumidores”, avalia Bohn.