A revolução da comunicação digital é uma realidade, mesmo os mais desavisados sabem da necessidade de se adequar. A internet e as tecnologias mobile são os principais causadores dessas mudanças, afetando as mais diversas áreas e criando novas interações e oportunidades.
“Independentemente da idade da pessoa, ou classe social a mudança já está afetando as vidas, a comunicação na era digital é uma questão imediata, que atravessa nossa experiência do cotidiano. Aqueles que melhor se apropriam dos seus recursos têm muitas vantagens sobre aqueles que não o fazem tão bem”, avalia Reinaldo Passadori. Sabendo da relevância e atualidade desse assunto, Reina desenvolveu alguns pontos que devem ser levados em conta pelas pessoas para se adequarem a essa nova realidade.
Em qual tecnologia investir?
Esse trata-se de um dilema comum a muitas pessoas. Parte disso tem relação com a sensação compartilhada de que estamos sempre atrasados diante das exigências da sociedade em relação aos gadgets e tecnologias do momento.
É impossível estar alinhado às novidades do mercado, já que são inúmeros os lançamentos, que, inclusive, são destinados a públicos bem específicos, a depender do produto. Apesar disso, é normal que você continue a se sentir ultrapassado com seu celular lançado há alguns anos. A questão é: ele atende às suas necessidades de comunicação?
Lembre-se ninguém é obrigado a aderir a qualquer tecnologia, por mais massificada que ela seja. Por outro lado, restringir seu acesso a determinadas ferramentas pode ser muito limitante. Um primeiro ponto a ser observado parte das suas necessidades atuais e daquilo que você pretende alcançar. Um exemplo comum disso é o uso de aplicativos de trocas de mensagens, como o WhatsApp. As pessoas que se recusam a aderir a uma ferramenta como essa, de fato, acabam sendo excluídas de algumas interações e, eventualmente, perdendo oportunidades valiosas.
Como diferenciar a comunicação presencial da digital?
Existem diferenças entre as duas formas de se comunicar. Podemos observar, inclusive, como as interações virtuais causam modificações na maneira como as pessoas se relacionam “ao vivo”. Não adianta querer simplesmente transportar as regras de convivência para o mundo online.
Os contextos são diferentes, exigindo que os acordos sejam refeitos e adaptados. Existe uma informalidade maior no mundo digital, mas isso também não quer dizer que você deveria usar gírias ou abreviações em qualquer lugar.
As redes socias podem ser um espaço para isso. Já o e-mail dá um tom mais sério para a conversa e deve sempre ser usado para situações mais formais, como o envio de um currículo. Por sua segurança e fácil acesso, o recurso serve bem como prova objetiva em questões jurídicas, por exemplo.
Atualmente não há necessidade constante da presença física, certas conversas e reuniões podem ser feitas por vias digitais ou por uma chamada via telefone, sem prejudicar a eficiência dessas interações. Porém, outras exigem uma presença física de ambas as partes.
Como se preparar para desafios?
Ainda existem resistências em conhecer novidades de tecnologias, por acreditarem que não são aptas ou que estão “velhas demais” para utilizá-las. No entanto, um curto tempo de aprendizado pode ser bastante recompensador em termos de um acesso a novos recursos tecnológicos. Muitos dos sistemas atuais, inclusive, são altamente intuitivos, o avanço dos eletrônicos caminha cada vez mais nesse sentido, visando a uma otimização da experiência do usuário, adaptável a públicos com diferentes restrições. Outra dica útil é procurar aprender e aperfeiçoar um segundo idioma, preferencialmente o inglês. Com essa bagagem, é possível tanto se apropriar de tecnologias que não existem em português quanto entrar em contato e trocar experiências com pessoas de outros países.
Quais mudanças esperar?
É cada vez mais comum que determinadas interações que antigamente eram exclusivas ao meio físico passem a ser possíveis também por meio do mundo digital. Atividades antes muito burocráticas, hoje, podem ser executadas facilmente com o recurso da nuvem e com outras formas de compartilhamento de dados. Existem inúmeros exemplos de situações como essa, e a tendência é o seu crescimento com o tempo. Algumas profissões serão diretamente revolucionadas por tais mudanças, enquanto outras ocupações inteiramente novas serão criadas com esse processo.
O atendimento psicológico a distância, por exemplo — algo inimaginável há algum tempo — hoje, já é uma realidade para muitos terapeutas e pacientes. De um modo ou de outro, o futuro é bastante incerto. Sabemos apenas que a era digital estará cada vez mais presente na sociedade. Resta observarmos seus desdobramentos e nos apropriarmos daquilo que nos interessa ou que seja pertinente para a prática profissional.
Não há como escapar das mudanças advindas da revolução digital. Ao contrário disso, a maior parte delas é muito bem-vinda para fornecer soluções eficientes e proporcionar rapidez em nossas necessidades.
A comunicação na era digital se dá por meios cada vez mais diversos, mas nem por isso inacessíveis. Basta um pouco de paciência para aprender e saber escolher as ferramentas que se ajustam às suas necessidades.
Reinaldo Passadori, fundador e CEO do Instituto Passadori – Educação Corporativa, já treinou mais de 80 mil profissionais. Também é autor dos livros: “Comunicação Essencial – Estratégias eficazes para encantar seus ouvintes”, “As Sete Dimensões da Comunicação Verbal”, “Media Training – Como construir uma comunicação eficaz com a Imprensa e a Sociedade” – Editora Gente e “Quem não Comunica não Lidera” – Editora Atlas.