Inflação de setembro tem alta de 0,48%
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve variação de 0,48% em setembro, anunciou hoje (5), no Rio de Janeiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador mede a inflação oficial do país e acelerou em relação a agosto, quando houve deflação de 0,09%. O IPCA acumula 4,53% em 12 meses, período que vai de outubro de 2017 a setembro de 2018. Já entre janeiro e setembro deste ano, a inflação acumula variação de 3,34%. A inflação do mês passado também foi maior que a de setembro de 2017 (0,16%).
O grupo transportes teve o maior impacto no IPCA de setembro, porque apresentou alta de 1,69% após queda de 1,22% em agosto. A variação foi puxada pelos combustíveis e foi a maior para um mês de setembro desde o início do Plano Real, em 1994.
Peso da gasolina
Entre os combustíveis pesquisados, apenas o gás veicular teve uma desaceleração de preços. A gasolina saiu de -1,45% em agosto para 3,94% em setembro, o etanol foi de -4,69% para 5,42% e o óleo diesel, de -0,29% para 6,91%. O gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, Fernando Gonçalves, explicou que o reajuste do diesel – 13% nas refinarias em 31 de agosto – impactou o consumidor final e a taxa de combustíveis. As passagens aéreas também puxaram a inflação dos transportes com uma alta de 16,81%, invertendo o sentido da variação de preços de agosto, que havia sido de -26,12%.
Outro grupo que está entre as principais despesas das famílias é o de alimentos e bebidas, que, junto com os transportes, soma uma fatia de 43% dos gastos. Em setembro, esse grupo teve alta de 0,1%, após dois meses seguidos de queda. As frutas (4,42%), arroz (2,16%) e o pão francês (0,96%) contribuíram para a elevação de preços.
Alimentação tem alta de 0,29%
A alimentação fora de casa teve uma alta de 0,29% em setembro, enquanto a alimentação em casa não variou. “Energia elétrica subiu, taxa de água e esgoto subiu. Todos esses custos o empresário acaba passando para o setor final”, disse Gonçalves.