Comemorado em 17 de outubro, o Dia Nacional da Vacinação é uma data criada para conscientizar a população a respeito da importância da imunização. Nesta dada, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) chama a atenção para a necessidade da vacinação da população idosa, especialmente aqueles que apresentam fatores de risco, como pneumopatias, doenças cardiovasculares e diabetes. Segundo o Ministério da Saúde, neste ano já foram registradas 1.333 mortes por vírus influenza (causador da gripe), sendo que 55% dos óbitos foram em pacientes acima dos 60 anos.
As doenças infecciosas são responsáveis pela descompensação das condições de saúde dos idosos, sendo responsáveis pelo aumento das morbidades e mortalidade. Devido à menor capacidade de defesa do organismo e alterações fisiológicas do envelhecimento, os idoso são mais suscetíveis as doenças infecciosas, por este motivo, a imunização tem importante papel na prevenção de doenças. “Os idosos com estas doenças são os que mais sofrem com o vírus da gripe, tanto na mortalidade quanto na comorbidade. É preciso engajamento desta faixa etária para a imunização”, diz a Dra. Maisa Kairalla, médica geriatra e presidente da Comissão de Imunização da SBGG.
De modo geral, todas as vacinas podem ser aplicadas nos idosos. Entretanto, algumas requerem precauções especiais, como é o caso do sarampo, da caxumba, da rubéola, da varicela e da febre amarela, todas estas compostas de vírus vivos atenuados. Atualmente, o Ministério da Saúde disponibiliza três vacinas para a população idosa de acordo com a situação vacinal de cada paciente (https://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/vacinacao/calendario-vacinacao#idoso), além da imunização contra a gripe.
“As políticas públicas priorizam a população com doenças crônicas, mas todos os idosos devem ser vacinados. A gripe deixa a pessoa fragilizada e muitas vezes há associação com infecções bacterianas, como é a pneumonia e outros problemas de saúde”, diz a especialista.
A SBGG preconiza a vacinação contra o influenza, pneumococo, tétano-difteria (dT – dupla adulto) , hepatite A e B, disponíveis de forma gratuita na rede pública de saúde, e Herpes Zoster, encontrada nas clínicas privadas.