Combustíveis e alimentos pressionam prévia da inflação em outubro

A prévia da inflação (IPCA-15), divulgada hoje pelo IBGE, subiu de 0,09% em setembro para 0,58% em outubro. Os grupos transportes (1,65%) e alimentação (0,44%) foram os principais responsáveis pela aceleração do IPCA-15, respondendo por cerca de 70% do índice do mês. O acumulado no ano chegou a 3,83% e o acumulado nos 12 meses foi de 4,53%.

O grupo dos transportes foi o que registrou a maior variação de preços em outubro (1,65%), impulsionado pelo aumento dos combustíveis, que saíram de uma queda de 0,19% em setembro para uma alta de 4,74% em outubro. O litro da gasolina, que no mês passado havia caído 0,07%, ficou 4,57% mais caro neste mês.  Também o etanol havia registrado queda em setembro (-1,36%) e subiu em outubro, aumentando 6,02%. O óleo diesel, por sua vez, já havia subido em setembro (2,41%) e continuou subindo em outubro, atingindo 5,71%.

Assim como os combustíveis, os alimentos também saíram de uma queda em setembro (-0,41%) para uma alta em outubro (0,44%). Os preços dos alimentos consumidos em casa aumentaram, em média, 0,52%, influenciados por itens como o tomate, que ficou 16,76% mais caro, as frutas (1,90%) e as carnes (0,98%). Lanches (0,74%) e refeições fora de casa (0,26%) também ficaram mais caros em outubro.

Porto Alegre tem maior alta entre as regiões

A aceleração de preços de setembro para outubro foi generalizada, ocorrendo em todas as 11 regiões pesquisadas. A região metropolitana de Pernambuco (0,35%) registrou o menor resultado, em razão da queda de 2,33% na energia elétrica. O maior resultado foi na região metropolitana de Porto Alegre (0,91%), influenciado pela gasolina (4,50%).

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de setembro a 11 de outubro de 2018 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de agosto a 13 de setembro de 2018 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

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