Número de diagnósticos de sífilis no RS cresce 13 vezes em 10 anos

A sífilis é uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) causada pelo Treponema pallidume na última década houve aumento importante nos casos em todo Brasil, sendo considerada um problema de saúde pública pelo Ministério da Saúde.

Habitualmente, a IST é classificada em primária, onde podem surgir úlceras indolores no local da infecção (região genital ou cavidade oral habitualmente), secundária que pode se apresentar com múltiplos sintomas sistêmicos incluindo lesões de pele, e a terciária que a suspeita clínica é fundamental para os diagnósticos, pois envolve uma investigação com exames mais invasivos como a pesquisa de comprometimento do sistema nervoso central através do exame do líquor (punção da coluna lombar por uma agulha). Períodos de latência são comuns, onde não há sintomas. A transmissão é mais comum nas fases primária e secundária, podendo ocorrer durante a gestação ou no momento do parto. O acompanhamento pré-natal é fundamental para evitar a ocorrência.

O tratamento é realizado por uso de antibióticos, onde a primeira escolha ainda a penicilina, variando o tipo e dose dependendo do estágio da infecção. A prevenção é fundamental para evitar a propagação ainda maior. Educar a população sobre o uso do preservativo e o acompanhamento pré-natal são ações fundamentais para o controle da doença.

Por Fabiano Ramos, Chefe do Serviço de Controle de Infecção do Hospital São Lucas