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SIMERS cobra ações urgentes após nova execução de paciente no Hospital Centenário

“É grave, não há condições de atender e salvar vidas com este quadro de violência”, reagiu a presidente em exercício do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, Maria Rita de Assis Brasil, diante de mais um caso de execução dentro de hospital no Rio Grande do Sul. Desta vez foi no interior do Hospital Centenário, em São Leopoldo, na Região Metropolitana. Um jovem que se recuperava de acidente foi alvejado por mais de 20 tiros por criminosos que estariam em busca de outro homem que estava no hospital, segundo a Imprensa.
Levantamento do Simers mostra que já são 11 mortes por execução dentro de hospitais gaúchos desde 2014. Este ano foram duas – a outra foi em março no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre. O maior número foi em 2016, com quatro mortes, todas em Porto Alegre. Já no Centenário, houve a execução de um paciente a tiros em 13 de junho de 2014. 
“Lamentamos pela perda de mais uma vida e com tanta brutalidade. Está na hora de as autoridades se darem conta de que a segurança de hospitais precisa ser reforçada, o que exige planejamento, principalmente quando há situações em que presos ou suspeitos estão sendo atendidos no local, que parece que foi o caso”, cobrou Maria Rita. O alvo dos bandidos seria um homem envolvido com tráfico de drogas.
O Simers mostra que foram 13 casos de violência até agora em 2018 em unidades de saúde do Estado, sendo oito delas em hospitais. Quatro casos envolveram criminosos – entre eles as mortes e o resgate de presos que estavam internados. Desde 2014, são 98 ocorrências de violência no Rio Grande do Sul em áreas de atendimento de saúde.
Maria Rita afirma que o novo caso gera tensão e medo em toda a rede, pois indica que não há barreiras e que os criminosos  podem agir. O Simers exige que a área de Segurança Pública junto a prefeituras e direções dos hospitais busquem em conjunto medidas que assegurem as condições de trabalho e atendimento. O Sindicato Médico defende desde uso de detectores de metais até câmeras de vídeo para inibir estas ações.
Há mais de 10 anos este tema passou a fazer parte da pauta do Simers. Um grupo de trabalho para buscar medidas foi criado pelo Estado após sugestão do Sindicato. “É preciso manter estas ações permanentemente, para evitar que novas mortes ocorram.”

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