O câncer de pele continua sendo o mais incidente entre a população brasileira. Foram 190 mil casos registrados em 2014, segundo estimativa do INCA (Instituto Nacional do Câncer), com expectativa de que a doença faça ao menos duas mil vítimas fatais. Essa alta incidência acontece pela exposição excessiva aos raios nocivos do sol. O estrago é cumulativo e, ao longo dos anos, ele pode se consolidar como um tumor. Com a chegada do verão e das festas de dezembro, o risco de exposição excessiva ao sol aumenta.
Uma das medidas mais eficazes para a prevenção do câncer de pele, além da diminuição da exposição aos raios solares, é a sua detecção precoce através do exame preventivo de toda a pele periodicamente por um dermatologista. “O câncer de pele é um tipo de tumor que poderia ser combatido com medidas simples, como usar protetor solar corretamente e evitar exposição nos horários de sol forte”, afirma o oncologista do HCor Onco, Dr. Auro Del Giglio.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou um consenso sobre fotoproteção voltado a brasileiros, em vez de apenas replicar dados de outros países. Com isso, a entidade passou a recomendar que fosse usado protetor solar com fator 30, no mínimo. A decisão foi baseada na miscigenação da população e no clima do país, considerando suas diferenças entre regiões.
Protetor solar: o melhor aliado contra o câncer de pele
O uso de filtro solar é recomendado durante todo o dia. Por mais leve que o sol possa parecer ao final da tarde, ele também pode ser prejudicial à pele. Nos horários de pico, mesmo com o protetor, a entidade recomenda evitar exposição solar. Isso entre às 10h e 15h, sendo que na região Nordeste deve-se evitar o sol desde às 9h e, na região Centro-Oeste, até às 16h.
Recomenda-se 2 miligramas, o equivalente a uma colher de chá, para cada uma das seguintes regiões do corpo: barriga e peito, braço e ombro direito, braço e ombro esquerdo, rosto e pescoço. Para os membros inferiores, recomendam-se duas porções para cada perna e pé. “A maioria dos filtros solares requer novas aplicações quando a pessoa está exposta ininterruptamente ao sol. As aplicações podem ser feitas a cada quatro horas e, se a pessoa transpirar muito, o intervalo pode ser menor. Se a pessoa for entrar numa piscina ou no mar, recomenda-se usar um protetor à prova d’água”, explica Dr. Auro Del Giglio, do HCor.