O mês de setembro registrou a produção de 7,4 milhões de peças de móveis no estado do Rio Grande do Sul, o que resultou em queda de 2,2% em relação a agosto. No entanto, no acumulado do ano, a produção industrial no Estado cresceu 3,6%, assim como alta de 1,2% nos últimos doze meses de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados estão no relatório ‘Conjuntura e comércio externo do setor de móveis no Brasil’, do IEMI – Inteligência de Mercado, encomendado pela Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs).
Exportações
A boa notícia fica por conta das exportações. Em outubro, houve crescimento de 23,0%, resultando em US$ 21,2 milhões.
Santa Catarina (33,7%) e Rio Grande do Sul (32,9%) se destacam nas duas primeiras colocações, seguidas por São Paulo com 14,5% dos valores exportados e e Paraná com 13,2%. Os três estados do Sul do Brasil são responsáveis por 79,8% dos valores exportados em outubro de 2018.
Como países de destino das exportações de móveis do Rio Grande do Sul em outubro, o Peru está em primeiro lugar, com 16,5% dos valores exportados em outubro, seguido pelo Reino Unido com 13,7% e pelo Uruguai, com 12,4%.
No acumulado de 2018, de janeiro a outubro, os três estados da região Sul foram os maiores exportadores de móveis do Brasil. Juntos, Santa Catarina (39,7%), Rio Grande do Sul (27,2%) e Paraná (13,6%), totalizaram 80,5% das exportações brasileiras de móveis. Na região Sul apenas o estado do Paraná apresentou queda (-1,7%) no valor exportado nos 10 primeiros meses do ano frente ao mesmo período de 2017. Santa Catarina foi o estado que apresentou maior crescimento, 19,7%, seguido por Rio Grande do Sul, crescendo 5,7%.
Consumo aparente
Quanto ao consumo aparente de móveis no estado do Rio Grande do Sul, o volume em setembro foi de 6,8 milhões de peças, queda de 3,5% com relação a agosto. No acumulado do ano até setembro houve alta de 2,5%.
Para o presidente da Movergs, Rogério Francio, o setor moveleiro ainda passa por altos e baixos durante 2018, reflexo de uma série de fatores ocorridos nos últimos anos e meses. “Apesar de em alguns meses registrarmos quedas na produção e venda, é importante ressaltarmos que no acumulado do ano estamos fechando no azul, o que é muito bom para entrarmos em 2019 com boas expectativas. Não podemos deixar de exaltar os bons resultados das exportações, o que tem contribuído significativamente para a saúde financeira de muitas indústrias”, destaca.