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Ensaio da posse de Bolsonaro tem desfile em carro aberto

Numa Esplanada dos Ministérios interditada para carros não credenciados, o Rolls Royce presidencial passou no primeiro teste. Por volta das 13h50 deste domingo (23), o carro usado pela Presidência da República desde 1953 venceu sem problemas a subida do Eixo Monumental ao lado do Senado. Logo em seguida, três militares vestidos com coletes bege descem do veículo, atravessam o gramado e entram no Congresso Nacional. Somente com o motorista, o carro seguiu para a Catedral de Brasília com a confirmação de que o motor estava em ordem.

Assim começou a etapa mais crucial do ensaio da posse do futuro presidente Jair Bolsonaro. Das 6h às 19h, a Esplanada dos Ministérios está fechada para o primeiro dia de treinamentos para a cerimônia do próximo dia 1º. Depois de uma manhã de simulações de equipes de cerimoniais e de ensaios musicais das bandas militares, o ensaio começou propriamente às 14h30, quando o Rolls Royce, com a capota aberta, deixou a Catedral rumo ao Congresso Nacional.

Equipe de segurança faz ensaio para posse do presidente eleito Jair Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios
Na subida da rampa do Planalto a banda presidencial executou uma versão resumida do Hino Nacional – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Distribuindo acenos para soldados, policiais e alguns turistas que visitavam a Esplanada, dois funcionários, um homem negro de terno e uma mulher com camisa branca e colete bege, simulavam o presidente eleito e a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Embora o desfile tenha ocorrido em carro aberto, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República que ainda não está decidido se o veículo percorrerá o trajeto com a capota levantada ou abaixada.

Com o carro do vice-presidente da República atrás e escoltado por motos com a sirene ligada e pela cavalaria dos Dragões da Independência, a comitiva chegou ao Congresso Nacional às 14h35. Os dois modelos que simulavam o presidente eleito e a esposa subiram a rampa do Salão Negro. Pouco antes, os eventuais turistas que estavam no gramado do Congresso foram retirados. Nem os fotógrafos da imprensa puderam se aproximar.

Os ensaios no Congresso demoraram mais que os 40 minutos previstos no cronograma da cerimônia do dia 1º. Depois de cerca de uma hora e meia de silêncio na Esplanada dos Ministérios, a comitiva seguiu para o Palácio do Planalto às 16h05. O Rolls Royce que tinha percorrido a subida do Senado duas horas antes desceu pelo mesmo trajeto na contramão, com os figurantes novamente distribuindo acenos e sendo retribuídos por militares que aparentemente os conheciam.

A subida na rampa do Planalto começou às 16h11, com a banda presidencial executando uma versão resumida do Hino Nacional. O figurante que interpretava o presidente eleito subiu na frente, seguido pela intérprete da futura primeira-dama, que caminhava cerca de 20 passos atrás. Nesse momento, os fotógrafos da imprensa que estavam na frente do Palácio foram chamados pela Secom a irem para o pé da rampa simularem os profissionais de imagem que estarão credenciados para fotografarem do local.

No parlatório foi suimulado a troca da faixa presidencial – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Às 16h16, os funcionários chegaram ao parlatório do Palácio do Planalto, onde simularam a troca da faixa presidencial. No momento que caberá ao discurso, o homem e a mulher ficaram em silêncio, e a banda presidencial tocou a versão completa do Hino Nacional. Logo depois que os figurantes deixaram o parlatório, a banda tocou as canções Cidade Maravilhosa e Asa Branca.

Nesse momento, ciclistas que estavam parados na Praça dos Três Poderes foram autorizados a passar na frente do Palácio do Planalto. No dia da posse, as regras serão mais severas. Os ambulantes, que hoje podiam circular na Esplanada, serão proibidos em 1º de janeiro. Bicicletas, skates, carrinhos de bebê e guarda-chuvas também serão vetados em quatro pontos de checagem espalhados a partir da altura da Catedral. No próximo domingo (30), a Esplanada será novamente fechada para o segundo ensaio.

ABr.

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