O ex-goleiro do Corinthians Jairo foi diagnosticado com um tipo raro de câncer de rim. A doença tem causas variadas, como tabagismo, obesidade, hipertensão arterial e história familiar, bem como algumas síndromes clínicas raras. A presença de doença renal cística adquirida, uso prolongado de analgésicos não esteroides e exposição ocupacional a alguns agentes, como asbestos, cádmio e derivados de petróleo também podem causar esse tipo de neoplasia. Contudo, seus primeiros sinais podem ser silenciosos. “Em seus estágios iniciais, o câncer de rim costuma apresentar poucos sintomas e, muitas vezes, seu diagnóstico é feito como um achado ocasional em exames de imagem realizados por outras razões. Um pequeno número de pacientes tem massa abdominal palpável, dor e presença de sangue na urina, com possibilidade de febre, falta de ar, emagrecimento e dores ósseas”, diz Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – unidade de São Paulo do Grupo Oncoclinicas.
A confirmação do diagnóstico só é possível após a abordagem cirúrgica da lesão e pode apresentar dois resultados histológicos se confirmada a malignitude do tumor: carcinomas de células claras, que são a maioria dos casos, e carcinomas de células não claras, que apesar de menos incidentes são classificados como mais agressivos. De acordo com o Dr. Andrey, a escolha do tratamento depende de fatores variados, desde o tipo e extensão do câncer até as condições clínicas do paciente, podendo incluir cirurgia, quimioterapia e/ou ainda a chamada imunoterapia.
“O maior avanço recente no tratamento de tumores renais certamente está relacionado ao uso de imunoterápicos. O medicamento, que pode ser aplicado de forma intravenosa ou subcutânea, leva o próprio organismo a combater as células cancerosas e tem apresentados resultados animadores em casos de pacientes em estágio avançado da doença”, finaliza o oncologista.