Ladrilhos hidráulicos e cobogós na decoração

Assim como na moda, em que peças antigas voltam a ser o “must have” da estação, na decoração alguns elementos históricos, que fizeram parte do imaginário de gerações passadas, voltam como tendência em casas e apartamentos. Os cobogós e os ladrilhos hidráulicos vêm roubando a cena. Quem conta um pouco mais sobre usar esses elementos é a arquiteta Cristiane Schiavoni, do escritório Cristiane Schiavoni Arquitetura e Interiores.

Cobogós

Resumidamente, o cobogó é um elemento vazado que se transforma em divisória de ambientes, sem impedir a passagem de luz e ventilação. “Ele nasceu no nordeste, em Recife, na década de 1920. Por causa do calor, criaram esse material vazado para que houvesse ventilação natural nas casas. O nome cobogó nasceu das iniciais dos sobrenomes dos engenheiros que conceberam esse produto, Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antonio de Góis”, explica Cristiane.

Versáteis, esses elementos se encaixam em diferentes estilos de ambientes e seu uso vai depender mais do material que é confeccionado. “As peças foram largamente usadas na arquitetura modernista, e por isso, vários modelos têm um desenho de inspiração retrô, que remete às décadas de 1940 e 1950, quando atingiram o auge. Mas existem desenhos diversos, como os geométricos com ares mais contemporâneos”, explica a arquiteta, que recomenda alguns cuidados. “Caso o produto não venha impermeabilizado da fábrica, o ideal é impermeabilizá-lo após a instalação. A limpeza é simples, não exige nada especial”.

Ladrilhos hidráulicos

Esses revestimentos são produzidos à base de cimento de forma artesanal e recebem esse nome, pois não contam com o processo de queima em sua produção. Passam pela submersão em água para a cura do concreto por oito horas – daí que vem o nome. “O material surgiu na metade do século XIX e era usado como alternativa às pedras, como o mármore”, explica Cristiane.

Apesar de ter feito sucesso no passado, esse material recuperou novamente o seu espaço na decoração, apresentando estampas diferentes e detalhadas com acabamentos diferenciados. “As peças podem compor pisos e paredes de áreas secas e molhadas”, finaliza a arquiteta.

 

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