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Dicas para escolher o ar condicionado ideal para cada ambiente

Ser um país tropical, assim como um nosso, tem seus ônus e bônus. As temperaturas e sensações térmicas altas são uma realidade do Brasil inteiro – em muitos lugares não apenas no verão –, e podem ser tanto positivas, quanto negativas, dependendo do ponto de vista. Para quem está curtindo a praia, por exemplo, são perfeitas. Porém, e quem quer descansar em casa, dormir bem sem morrer de calor ou trabalhar com tranquilidade, evitando o cansaço do tempo quente e abafado?

A grande solução para esses momentos é o ar condicionado. Apesar de sua inegável utilidade, o equipamento é cercado por mitos. Os escritórios de arquitetura Studio Cris Paola, Andrade & Mello Arquitetura e Karina Korn Arquitetura respondem questões para desvendá-los e ajudar na decisão por instalar ou não um desses em casa:

Como escolher o ar condicionado ideal?

O ar condicionado, em alguns casos, tem projeto específico dado a sua complexidade. Em geral, escolher uma loja de procedência, com técnicos habilitados e especializados no assunto, já é meio caminho andado”, explicou o arquiteto Renato Andrade, do Andrade & Mello Arquitetura. O dimensionamento e condições de uso do espaço, como quantas pessoas estarão ali rotineiramente, são determinantes para o funcionamento do sistema.

Projeto de Andrade & Mello Arquitetura, com o equipamento inserido em nicho da marcenaria | Foto: Luís Gomes

O que pode interferir no com funcionamento do ar

  • Tamanho do ambiente
  • Quantidade de pessoas que estão simultaneamente no local
  • Incidência solar
  • Outros equipamentos que geram calor durante seu funcionamento

Como definir o tamanho do equipamento?

Cada caso é independente e requer uma análise específica. Porém, em regras gerais, o equipamento de tamanho ideal depende da metragem do ambiente em relação à quantidade de BTU’s (Unidade Térmica Britânica) necessária para climatizá-lo. Quanto maior o BTU, mais potente o aparelho – um espaço pequeno, por exemplo, não precisa de um ar condicionado com um número elevado de BTU’s para ter eficiência de funcionamento. O importante é sempre fazer a consulta e cálculo com um profissional qualificado.

Ar condicionado, em projeto de Karina Korn Arquitetura, no mesmo tom da parede. Foto: Edu Pozella

É verdade que o ar condicionado gasta muita energia?

Sim e não. De acordo com a arquiteta Cris Paola, do Studio Cris Paola, hoje em dia as novas tecnologias, voltadas para a sustentabilidade, resultam no desenvolvimento de equipamentos mais econômicos. “Também existem formas de melhorar esse consumo. Instalar a condensadora em um local com boa circulação de ar e manter os ambientes com temperatura entre 22º C a 24ºC ajuda a não exigir o start de insuflamento da máquina o tempo inteiro”, explica.

Uma dessas tecnologias, de acordo com Renato Andrade, é a Inverter. Os fabricantes afirmam que os equipamentos que a possuem controlam o fluxo de energia do sistema por meio de um compressor que não chega a ser desligado completamente, o que evita picos de energia. Assim, diz-se que há a redução do consumo em até 60%. Outra questão é diretamente relacionada à incidência solar. Em ambientes onde ela é muito intensa, vale a pena aliar intervenções arquitetônicas ao uso do ar. Renato ressalta essa opção para maior eficiência e custo-benefício. Os cuidados de manutenção com o equipamento também cumprem importante papel na economia, mantendo-o em bom funcionamento. A arquiteta Karina Korn, do Karina Korn Arquitetura, enfatiza a necessidade de limpá-lo, assim como seus filtros.

Projeto de Andrade & Mello Arquitetura. Ar condicionado assumido em contraste com a madeira | Foto: Luís Gomes

Existe regra para ar condicionado em ambientes pequenos?

A regra, de acordo com Renato, é o bom-senso e equilíbrio. “Equipamentos como splits Hi-Wall, aqueles mais convencionais, os Split Window, uma versão mais contemporânea dos equipamentos mais antigos, ou Multi Split, que é quando se utiliza uma condensadora para mais de uma evaporadora, são os mais apropriados”, conta.

Como disfarçar o ar condicionado?

O equipamento pode ser integrado à decoração de diversas formas. A mais simples é colocá-lo em uma parede de mesmos tom, evitando o peso de um contraste. A evaporadora também pode compor o espaço dentro de um nicho em uma estante de marcenaria, por exemplo. Você assume o ar condicionado no ambiente de um jeito elegante e divertido”, afirma Karina. Cris Paola concorda com o bom uso de marcenaria sob medida nesses casos. Para ela, se a intenção é realmente esconder o aparelho, é importante ter em mente que ele não pode ficar totalmente lacrado. Por exemplo, se for o caso de fechar o nicho, o morador pode investir em portas de correr ripadas. Já para Renato, as infraestruturas e equipamentos não precisam ser vistos como danosos ao décor, podendo compor o espaço. “O equilíbrio contempla a possibilidade deles estarem presentes na decoração com elegância e sincronia. Isso é fundamental! Um espaço muito bem decorado pode se tornar obsoleto pela falta de conforto ambiental”, finaliza.

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