Conforme a dra. Silvana Quintana, da diretoria da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), a incidência de contração do vírus HIV cresceu em todo o planeta nos últimos cinco anos. Isso estaria ocorrendo devido ao fato das pessoas se sentirem mais seguras quanto à eficácia do tratamento, deixando de lado a vigilância e precaução. Em homens jovens há as maiores taxas de contração do vírus, mas vale ressaltar que o número também é alto em mulheres.
A principal via de transmissão é a sexual. Dra. Silvana explica a existência de dois grupos entre os infectados, os que somente portam o vírus HIV e os que manifestam a doença. Sem assistência, o HIV ataca os linfócitos TCD4, responsáveis pela segurança do sistema imunológico, podendo provocar a evolução do quadro.
Não facilitar é a palavra de ordem. É necessário realizar exames periódicos para detectar eventual presença do vírus logo de inicio e realizar tratamento adequado. Caso contrário, haverá a possibilidade de o vírus baixar a imunidade do organismo, deixando-o suscetível a doenças oportunistas fatais.
Ao confirmar a presença de HIV, a primeira medida a ser tomada é procurar um infectologista para exames laboratoriais e clínicos como, por exemplo, contagem de linfócitos e carga viral. Se o controle for realizado corretamente pode-se conviver com o vírus no organismo, processo de infecção crônica.
Nas gestantes, durante o pré-natal, é imprescindível a realização de sorologia no intuito de evitar consequências graves por transmissão vertical, quando o feto é contaminado.
Para evitar a contração de HIV, o uso de preservativo em todas as relações sexuais é essencial, além de reduzir o número de parceiros. Existe também outra alternativa, mas que não deve ser banalizada e confundida com medida simples, trata-se da profilaxia pré-exposição, para pessoas mais propensas por serem de grupos de risco, como homossexuais, transexuais e profissionais do sexo.