Alimentação antioxidante alivia as dores da fibromialgia
O mês de fevereiro é dedicado à conscientização sobre algumas doenças, como a fibromialgia. O transtorno, em que a pessoa sente dores em todo corpo por longos períodos, afeta principalmente as mulheres, dentre elas a superstar Lady Gaga. Uma boa alimentação pode ajudar a combater a síndrome. Segundo o médico nutrólogo Alexander Gomes de Azevedo, há comprovações científicas de que uma dieta anti-inflamatória pode ajudar a controlar os sintomas.
“Apesar de a fibromialgia não ser uma doença inflamatória, ela é uma patologia com dor muscular generalizada, que vai necessitar de controle ao longo de toda vida. Nesse sentido, uma alimentação que contribua para diminuir o status inflamatório e que seja equilibrada, no sentido de ser rica em nutrientes, será benéfica”, explica o especialista.
Azevedo diz que indivíduos com fibromialgia apresentam normalmente maior nível de estresse oxidativo, ou seja, há uma maior produção de radicais livres e uma atuação insuficiente do sistema antioxidante do organismo em neutralizá-los. Para reduzir o estresse oxidativo. É preciso aumentar o aporte de nutrientes antioxidantes e reduzir outros que têm características inflamatórias, associados inclusive à maior sensação de dor.
“Nesse caso, por meio da redução da ingestão de gorduras pró-inflamatórias, como a gordura saturada da carne vermelha, dos laticínios integrais e frituras. Essas gorduras são muito ricas em ácido araquidônico, um ácido graxo da série ômega-6 com um alto potencial de produção de substâncias inflamatórias no organismo. Por outro lado, vale aumentar o consumo de gorduras poli-insaturadas que têm efeito contrário e agem justamente modulando as inflamações e a dor. Um exemplo é o ômega-3. Algumas fontes de ômega-3 são a sardinha, o atum, o salmão, o arenque ou o linguado. Há também a opção de se usar suplementos para elevar os níveis desta gordura no corpo”, completa o médico.