O arquipélago de Seychelles é um dos poucos refúgios preservados no planeta. Com cerca de 50% de sua área terrestre protegida, o destino se preocupa em conservar sua riqueza natural. Um de seus maiores exemplos de conservação é Aldabra, um atol remoto localizado a 1.150 km a sudoeste de Mahé, a principal ilha do país.
Com uma área terrestre de aproximadamente 155 Km² – e uma área total protegida de 2.559 Km² -, Aldabra é um dos maiores atóis de corais elevados do mundo, com mais de uma dezena de ilhas margeando uma enorme lagoa.
Por ser um local excepcional e intocado, Aldabra se tornou um Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1982, além de integrante da lista da Ramsar. As ilhas do atol possuem uma vasta gama de flora e fauna únicas, com espécies raras ou ameaçadas, bem como a maior população mundial de tartarugas gigantes, com 150.000 animais, e sua lagoa possui a vida marinha mais vibrante de todo o arquipélago.
Acredita-se que foi descoberta por um grupo de árabes, durante uma viagem de exploração ao Oceano Índico, em 916 DC. O nome Aldabra, inclusive, pode ser derivada da palavra Al-Khadra, que significa “o verde”, em referência à cor do reflexo da lagoa nas nuvens. Há também quem acredite que o nome veio da estrela Aldabaran, que era usada pelos marinheiros árabes para traçar a rota da viagem.
Por ser um local isolado geograficamente e com escassez de água potável, não houve grandes assentamentos em Aldabra. Isso resultou em um local com muito menos interferência humana do que outros atóis do planeta e possibilitou sua preservação.
A Fundação das Ilhas Seychelles (SIF) supervisiona a ilha desde 1979. Há regulamentos estritos que governam a acessibilidade ao local para proteger seu frágil ecossistema. Há uma pequena estação de pesquisa que oferece a oportunidade de estudar a biodiversidade do atol a cientistas credenciados. Não há acomodações em Aldabra e o turismo é bastante restrito, é preciso conseguir uma autorização prévia e o acesso é limitado a áreas específicas.