Privatização e turismo – Artigo
por Maria Pissaia
A liberação dos recursos para ampliação e melhoria da infraestrutura do Aeroporto de Navegantes colocará em prática projetos que vêm sendo discutidos durante muito tempo e deve resolver problemas que são cruciais para alavancar o turismo e fomentar o desenvolvimento econômico da região do Vale do Itajaí. Há anos o local não comporta as demandas proporcionadas pelo crescimento das cidades vizinhas.
Apoiada pela Federação das Associações Empresarias de Santa Catarina (Facisc), através das Associações do Vale do Itajaí, demos andamento a uma moção de apoio e mobilização para a reforma do aeroporto, que deverá acarretar na ampliação do terminal de passageiros, aumentando a capacidade de fluxo de pessoas e cargas. Atualmente a área construída do aeroporto é de 5,2 mil m², e com a reforma passará a ser de 13,6 mil m². Um crescimento de quase 160% que tornará o aeroporto mais atrativo para que as empresas participem do processo de licitação e privatizem o espaço.
A rodada das concessões do chamado Bloco Sul foi anunciada pelo Ministério da Infraestrutura do estado e está previsto para acontecer em 2020. A privatização é vista com bons olhos pela entidade, já que o empresariado entende que as demandas para a iniciativa privada acontecem de maneira acelerada e sem muitas burocracias, que geralmente são encontradas em concessões públicas com maior facilidade. O principal problema é a demora no processo: após a concessão, ainda pode levar mais dois anos até que a empresa inicie suas atividades.
A região do Vale do Itajaí não pode mais ficar à mercê de projetos nos papeis, as ideias precisam ser colocadas em prática. A reforma de ampliação precisa ser feita o quanto antes e o processo após a concessão terá que ser agilizado. O turismo será o mais beneficiado com isso. A região tem uma variedade de opções turísticas, como o Beto Carrero, em Penha, o circuito do Chopp em Blumenau, Brusque, Pomerode, Indaial e Gaspar, a região das praias que engloba Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Porto Belo e Bombinhas, além Camboriú com o fomento no Turismo Rural, que só tem a ganhar com o número expressivo de turistas que poderão desembarcar no terminal aeroportuário. Já passou da hora!
Maria Pissaia – Presidente da Acibalc – Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú