Sebastian Watenberg assume presidência da Federação Israelita do RS
A FIRS – Federação Israelita do Rio Grande do Sul celebra a passagem de um novo ciclo em sua administração, com a marca de uma liderança jovem, além de propostas e posicionamentos contundentes. Na noite desta segunda-feira, 13 de maio, a cerimônia de posse da nova gestão da entidade apresenta os novos membros da diretoria executiva, responsáveis por fomentar assuntos que impulsionem a Federação e a comunidade judaica do Estado. Durante o ato, Sebastian Watenberg foi apresentado como novo presidente da FIRS para o biênio 2019-2020. Em sua gestão, o novo presidente será categórico: intolerância aos intolerantes. “Repensar o uso dos nossos ativos e a necessidade de encontrar novos significados para velhas causas são demandas que os novos tempos exigem de líderes comunitários. Estes desafios são complexos e, para ultrapassá-los, precisaremos atuar com um enorme espírito comunitário e pensamento coletivo”, declarou Sebastian.
Conforme o presidente, será o início de um novo ciclo. “Vivemos tempos preocupantes, onde o discurso de ódio tem se intensificado, e os extremismos têm se fortalecido. O antissemitismo tem aumentado nos últimos anos, não apenas ideologicamente, mas por meio de ataques a comunidades judaicas ao redor do mundo, em diversos casos com uso de extrema violência e vítimas fatais. E, sabemos, Porto Alegre não fica de fora deste roteiro macabro”, disse.
Watenberg afirmou que a preservação do Estado Democrático de Direito é uma das bandeiras da entidade e que somente as garantias individuais proporcionadas por um ordenamento jurídico e constitucional verdadeiramente democrático asseguram o pleno direito à cidadania. “A história nos mostra que o ódio aos judeus nunca se apresentou como um fim em si mesmo, mas como um dos primeiros sintomas de períodos obscuros. Por isso, cabe a nós tornarmos a nossa voz relevante. E, quando nossos valores mais preciosos estiverem sob ataque, a Federação Israelita do Rio Grande do Sul sempre se levantará para defendê-los”, assegurou.
Por fim, o presidente afirmou que as instituições têm que ter lado e posição nos assuntos, mesmo correndo o risco de desagradar alguns em determinados momentos. “Isso faz parte de uma trajetória e uma instituição não pode ser definida por um momento ou uma situação específica”, finalizou.
RELAÇÕES ENTRE BRASIL E ISRAEL
Sebastian explicou, ainda, que a recente aproximação diplomática entre Brasil e Israel orgulha a entidade e que ambos países têm muito a ganhar com esta decisão. Segundo ele, “precisamos romper com a dialética na qual ser a favor de Israel significa, necessariamente, ser contra as nações muçulmanas. Esta lógica não mais se sustenta, além de ser puramente destrutiva. Devemos evitar os caminhos que não constroem”, finalizou.
O evento contou com a presença de autoridades e representantes da comunidade judaica, com apresentações de danças do grupo Kadima, grupo de Dança Ameinu, Clubinho de Dança e Grupo Chai do Colégio Israelita Brasileiro, além do encerramento com a atração lúdica do Guri de Uruguaiana.