Sérgio Mariucci é o novo diretor da Unidade Acadêmica de Graduação da Unisinos
“O que garante a qualidade de uma instituição são as pessoas”
Com a missão de conduzir a Unidade Acadêmica de Graduação – UAGRAD, Pe. Sérgio Eduardo Mariucci, assumiu, na última segunda-feira, 13/5, o cargo de diretor da Unidade. Graduado em Filosofia e Teologia, com mestrado e doutorado na área da Educação, o novo diretor afirma: “Se há uma marca minha é a afetividade. Em qualquer tarefa ou qualquer coisa que eu faça, acredito que a vida deve valer a pena, então, deve ter amor. Em todas as equipes que trabalhei, deixei essa marca”.
Pe. Sérgio diz que faz parte do seu perfil consolidar vínculos. “O que constrói a Universidade são as equipes, as pessoas que tornam um ambiente de trabalho bom. O que garante a qualidade de uma instituição são as pessoas. A gente não usa as equipes, a gente trabalha junto e dá oportunidade de as pessoas crescerem”, enfatiza.
Palmeirense e descendente de imigrantes italianos, ele é natural da cidade de Maringá, no norte do Paraná. “Minha família trabalhou por muitos anos na lavoura, até o ano em que nasci, em 1971. Após meu nascimento, saímos da região agrária e fomos para cidade. Meu pai se tornou carpinteiro, mamãe trabalhou algumas vezes em casas de família. Éramos em seis irmãos, eu o mais novo, meus pais sempre insistiram muito que estudássemos e, à medida em que fomos estudando, nossas condições foram melhorando”, conta.
Como tudo começou
Pe. Sérgio ingressou na Companhia de Jesus, aos 19 anos. “Depois que tomei essa decisão fui sempre feliz e nunca me arrependi. Em 1990, vim para São Leopoldo, no bairro Cristo Rei e ali eu comecei, fui aluno da Unisinos, tenho matrícula no curso de Ciências Sociais. Na época, tinha um ciclo básico, e era recomendado que o jesuíta tivesse essa experiência, ali eu conheci a Universidade”, relembra.
O jesuíta conta que, em 1997, começou a trabalhar na educação, no colégio Medianeira, em Curitiba. “Gostei e fui me encaminhando. Quando terminei a Teologia, em 2003, pedi para fazer mestrado e fui ordenado padre, em 2004, em Maringá. Após, fui para Boston, no Boston College, onde fiz mestrado em Educação. Quando voltei, trabalhei no colégio Anchieta e acabei fazendo outro mestrado e o doutorado na PUCRS, sempre na Educação Básica. Fui diretor no colégio Jesuíta de Juiz de Fora. Estive em vários locais do Brasil, sobretudo em Minas Gerais”, destaca. Pe. Sérgio conta ainda que fez uma parte da sua formação na Índia, onde estabeleceu muitos contatos. E, durante o doutorado, esteve no Himalaia, sempre envolvido na educação, nas políticas educacionais e na gestão.
Na Unisinos
Desde 2018, Pe. Sérgio está vinculado à Unisinos. Hoje, integra o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Design e desempenhando a função de assessor pedagógico da Reitoria. Desde sua chegada, o jesuíta tem participado do Planejamento Estratégico da Universidade, no qual lidera a Ação “Disciplinas do Eixo Comum – DNA Jesuíta” (Humanista Cristão).
Agora, como diretor da UAGRAD, Pe. Sérgio fala dos desafios que essa nova missão traz. “A Unidade de Graduação da Unisinos é espantosamente grande, representa grande parte da Universidade, o trabalho do Gustavo Borba foi extraordinário, nesses anos todos. Pelo trabalho que ele fez, aumenta mais a responsabilidade de sucedê-lo”, afirma.
Pe. Sérgio diz que pretende dar continuidade no processo de internacionalização, para tornar a Unisinos uma Universidade Global de Pesquisa. “Quero seguir dentro dos objetivos que o Pe. Marcelo sempre traz, de ser uma universidade de pesquisa, de referência, de qualidade internacional e com o diálogo com a tecnologia e com todo esse mundo em transformação”, enfatiza
O diretor, que no último ano esteve bastante envolvido na construção da Graduação PRO, diz que um dos seus primeiros passos será realizar um processo de grande escuta e conhecimento de cada Escola, de cada curso, para seguir no desenvolvimento do portfólio, iniciado no Planejamento Estratégico.
Segundo Pe. Sérgio, seu trabalho irá seguir com foco na transformação do mundo do trabalho, das profissões, do Brasil e de todos os desafios da Universidade. “O horizonte que eu olho agora é aquele estabelecido pelo projeto estratégico, daqui para diante vai ser decorrente do portfólio da graduação”, finaliza.