Missão gaúcha fecha US$ 4 milhões em negócios no Chile
A missão empresarial ao Chile liderada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, retorna hoje (7) a Porto Alegre com US$ 4,25 milhões em negócios fechados ou alinhados para os próximos 12 meses. Foram duas rodadas e 89 reuniões previamente agendadas realizadas, envolvendo 15 empresas gaúchas, na terça e quarta-feira, com empresas e investidores chilenos. Um dos resultados obtidos foi o da Cerealista Polisul, de Pelotas, que conseguiu fechar venda de arroz ao mercado daquele país. “Nas missões da FIERGS sempre procuramos proporcionar visitas técnicas a empresas de referência como uma fonte de trocas de experiências, seja em processos produtivos, modelos de gestão ou internacionalização”, disse Petry. “Os objetivos foram alcançados, volto satisfeito, e as empresas e os investidores chilenos na Sofofa (Sociedade de Fomento Fabril) também se manifestaram dessa forma”.
Nessa quinta-feira (6), a pauta incluiu uma reunião com o Banco do Brasil para acertar um convênio que facilite o fluxo de comércio e as movimentações financeiras das empresas gaúchas no Chile. A medida tem como objetivo facilitar ao empresário do Estado que pretende exportar para o país, por meio de um convênio entre a FIERGS o escritório do banco no Chile. Quando passar a vigorar o projeto, o banco disponibilizará dados sobre o que o Chile compra e informações da empresa chilena importadora dos produtos gaúchos.
Além disso, ocorreu uma visita técnica à Costanera Center & Cencosud, grande rede varejista multissetorial que emprega 140 mil pessoas em mais de 940 estabelecimentos entre hipermercados, lojas de materiais de construção e shoppings centers na Argentina, Brasil, Chile, Peru e Colômbia.
Na tarde de quarta-feira (5), Petry e outros industriais estiveram na Agrosuper, principal produtora chilena de proteína animal. A Agrosuper atua na produção, distribuição e comercialização de frango, carne de porco, peru, salmão e alimentos processados, e faturou US$ 2,5 bilhões em 2018. Ao Brasil, a empresa exporta salmão e coração de frango, e tem um acordo de cooperação técnica sobre genética e processo de engorda animal. Pela manhã, a visita foi ao escritório de representação da gaúcha Tramontina.
Com o governo do Estado, que esteve na missão, até quarta-feira, representado pelo governador Eduardo Leite e secretários, a chilena Ultramar acertou a expansão das operações no Porto de Rio Grande, em um investimento de aproximadamente R$ 300 milhões. O plano é aumentar a área ocupada atualmente para poder escoar a produção de madeira e celulose. Ao mesmo tempo, a CMPC Celulose, já instalada na cidade de Guaíba, mantém o plano de ampliação de seu investimento no País, e o Rio Grande do Sul é candidato a receber o projeto.
No ano passado, a balança comercial entre o Rio Grande do Sul e o Chile teve um saldo de mais de US$ 346 milhões, com o Estado vendendo ao país, sexto destino das exportações gaúchas, principalmente veículos (US$ 206,54 milhões), 42,17% do total da pauta. Já de origem chilena, o RS comprou especialmente produtos químicos orgânicos (US$ 41,68 milhões), 29% do total importado. O Chile tem uma população de quase 19 milhões, uma taxa de desemprego de 7% e um salário mínimo de US$ 400.