O IBOPE e a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia – ABRACEEL – apresentaram hoje (12), na sede da FIESP, em São Paulo, a Pesquisa de Opinião Pública 2019 sobre o setor elétrico. O objetivo da pesquisa foi levantar a opinião dos brasileiros sobre a possibilidade de escolher o seu fornecedor de energia, além de produzir a sua própria energia. A pesquisa confirma uma tendência nacional de crescimento dos consumidores que apontam uma série de descontentamentos com o preço que pagam na sua conta de luz e o desejo de serem livres para optar por sua empresa fornecedora de energia.
A pesquisa ouviu uma amostra representativa de 2002 pessoas no Brasil, entre os dias 23 e 27 de maio no CENSO populacional em 3 estágios.
53% dos entrevistados foram do sexo masculino e 47% do sexo feminino
A idade dos entrevistados variou de 16 a 24 anos (17%) até pessoas cima dos 55 anos (23%).
O IBOPE entrevistou pessoas com escolaridade até a 4ª série (21% dos entrevistados), passando pelo ensino fundamental e médio (58%) até o curso superior (21%)
Foram amostradas na pesquisa as regiões Sudeste, Sul, Nordeste, Norte e Centro Oeste do Brasil.
Resultados
A pesquisa mostra que 65% da população considera excessivos os impostos na sua conta de luz.
87% consideram cara sua conta de energia (esse número subiu 4% em relação ao ano passado).
64% da população apontou um esforço em economizar energia para não atrapalhar o orçamento familiar.
79% gostaria de ter um mercado livre para escolher a sua fornecedora de energia (esse posicionamento cresce com a escolaridade e foi acentuado nas capitais). Um crescimento de 10% sobre o número avaliado em 2018. Entre os pesquisados com nível mais elevado de escolaridade e renda familiar esse número chega a 82%.
68% dos entrevistados trocariam hoje a sua fornecedora de energia.
subiu de 63 para 65% a percepção do excesso de impostos cobrados na conta de luz.
Outro dado interessante dessa avaliação pública do setor elétrico brasileiro é a percepção revelada em 57% da população de que o custo da energia deve cair com a abertura do mercado.
Para o presidente da ABRACEEL, Reginaldo Medeiros, que encomenda anualmente essa pesquisa, os resultados apontam um crescimento constante no interesse do brasileiro em ter liberdade de escolha. “O Brasil não pode caminhar na contramão do mundo. Países desenvolvidos abriram seus mercados de energia e desfrutam de uma economia e de um crescimento de produção que o nosso mercado também merece”. O mercado livre no Brasil já existe, embora esteja restrito a grandes consumidores, que alcançaram uma economia em torno de 185 bilhões de reais nos últimos 16 anos.