Competição de cães foi atração na Expointer
Doze corredores e seus cães participaram da competição de canicross na Expointer, na tarde deste sábado (31), no Parque de Exposições Assis Brasil. O esporte é uma corrida em dupla – humano e cachorro, e preza pelo bem-estar tanto da pessoa quanto do animal, explica Maurício Pinzkoski, organizador da competição. “Nossos eventos são mais voltados ao lúdico e ao recreativo, e menos ao competitivo. Nosso objetivo é empoderar as pessoas a praticarem exercícios e a estarem com seus cães”, completa.
Maurício lidera um movimento chamado Vai Totó que, desde 2016, divulga e incentiva o canicross pelo Rio Grande do Sul. “Somos todos voluntários. Já organizamos corridas em diversos lugares, como Caxias, Novo Hamburgo, Canoas”, diz. “A regra é a pessoa correr atrás do cachorro, enquanto fala com ele e o incentiva”. Ele explica também que os bichinhos usam um equipamento adequado para proteger a coluna.
Em cada lugar em que o movimento chega, arrecada quilos de ração e pares de tênis, que são doados a ONGs locais. “Desde que começamos a organizar o canicross, já conseguimos arrecadar 7 mil quilos de ração. Também já ajudamos a adoção de dezenas de cães”.
A história de Maurício com o esporte, porém, vem de mais longe. “Em 2012, quando meu pai faleceu, precisava me dedicar a alguma coisa para não entrar em depressão. Foi quando comecei a praticar o esporte”, explica. Ao juntar o grupo de conhecidos que têm a mesma paixão, sabe que também ajuda outras pessoas a passarem por problemas. “Qualquer pessoa e qualquer cão pode participar, não tem contraindicação. Só doença. Tem um salsichinha de 10 anos no nosso grupo que corre”.
O salsichinha (cão da raça Dachshund) de 10 anos é o Fredi, da esportista Aline Baldigen, de Porto Alegre. Ela começou a praticar canicross para acompanhar a mãe, Maristela Armiliato. “O Fredi é muito ansioso, e fazer exercícios com ele ajuda a gastar energia e também junta com um lazer para passar mais tempo com minha mãe”.