O volume de serviços recuou 0,2% em agosto, na comparação com julho, o quinto resultado negativo do setor em 2019. Já em relação a agosto de 2018, a queda foi de 1,4%, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada hoje (11) pelo IBGE. No acumulado do ano, o setor avançou 0,5%.
Para o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, as cinco taxas negativas definem o panorama do ano até aqui. “A variação negativa de 0,2% é moderada, mas as cinco taxas negativas foram mais intensas do que as positivas, fazendo o setor de serviços ficar 1,5% abaixo do nível de dezembro de 2018”, explicou.
De julho para agosto, houve quedas em três das cinco atividades: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,9%), outros serviços (-2,7%) e serviços prestados às famílias (-1,7%).
Em contrapartida, as taxas foram positivas nos serviços de informação e comunicação (0,4%) e nos serviços profissionais, administrativos e complementares (0,5%). Regionalmente, em relação a julho, os serviços recuaram em 19 das 27 unidades da federação.
Na comparação com agosto de 2018, o recuo do setor de serviços ficou concentrado em duas das suas cinco atividades: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-7,9%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%). Ainda em relação ao mesmo mês do ano passado, o setor recuou em 20 das 27 unidades da federação.
O desempenho dos transportes explica as quedas nas duas comparações, pois essa atividade participa com cerca de 30% no setor de serviços: “transportes estão em queda em todas as comparações, incluindo os índices acumulados no ano e em 12 meses. Sua grande aderência com a atividade industrial explica esse comportamento”, disse Rodrigo.
Considerando toda a série histórica, iniciada em 2011, o volume de serviços do país se encontra 12,1% abaixo do recorde, alcançado em novembro de 2014.
Atividades turísticas caem 4,2% em agosto
Em agosto de 2019, o índice de atividades turísticas caiu 4,2% frente ao mês anterior, após alta de 0,2% em julho. Na comparação com agosto de 2018, a atividade recuou 2,9%, pressionada, principalmente, pela queda de receita das empresas de transporte aéreo de passageiros. Em sentido oposto, os segmentos de locação de automóveis e de hotéis apontaram as principais contribuições positivas sobre a atividade turística.