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Pelotas: Habitação forma facilitadores da Justiça Restaurativa

Ao todo, 25 pessoas participaram da atividade, que iniciou na segunda-feira (7)

Nesta sexta-feira (11), a prefeita Paula Mascarenhas participou do encerramento do curso de facilitadores em Justiça Restaurativa promovido pela Prefeitura, através da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (SHRF). A formação reuniu representantes de quatro residenciais do Minha Casa Minha Vida, financiados pelo Banco do Brasil: Acácia e Azaleia, no Dunas, e Roraima e Amazonas, no Sítio Floresta; além de servidores da Prefeitura.

Prefeita agradeceu participação de todos – Fotos: Michel Corvello

Esta foi a primeira turma formada pela SHRF, com o objetivo de diminuir a violência nos condomínios pelotenses, apostando na prevenção de conflitos. A iniciativa integra o projeto Bons Vizinhos, do Pacto Pelotas pela Paz. Ao todo, 25 pessoas participaram da atividade, que iniciou na segunda-feira (7). Além de síndicos e subsíndicos, participaram representantes do Conselho Tutelar e profissionais das unidades de saúde, educação e assistência social do Município.

Conforme a prefeita, das tantas experiências que integram o Pacto Pelotas pela Paz, a Justiça Restaurativa é um dos seus pilares de sustentação, pois trabalha a prevenção de conflitos e o bom convívio entre os cidadãos. “Tudo isso encaixa no objetivo de transformar a cidade em um lugar melhor para se viver, com mais segurança, mais tolerância e qualidade de vida”. Para ela, combater a violência vai além do investimento em policiamento, passando principalmente pela prevenção.

“Temos que, sobretudo, olhar para o futuro e é no presente que temos de agir para que os resultados venham. Cada um de vocês está fazendo história. Parece um sonho impossível, mas dá resultados e vai ajudar a construir um futuro melhor para todos”, disse Paula, destacando que a ideia é transformar o Pacto em uma política pública perene e continua, independente de quem esteja a frente do governo.

A dinâmica

Entre os temas abordados na capacitação estão técnicas para o fortalecimento de vínculos, construção de relacionamentos saudáveis e prevenção se situações de violência. “Quando vim, não sabia muito bem o que ia encontrar. Me surpreendi e agora entendo a importância desta dinâmica, e acredito realmente que é possível fazer a diferença, com diálogo e sem violência”, afirmou a moradora do Residencial Amazonas, Beatriz Castro, uma das participantes do curso, que agora também é facilitadora da Justiça Restaurativa.

Segundo a instrutora Júlia Nogueira, a ideia é justamente que eles possam incentivar, por meio dos círculos de construção da paz não conflitivos e do diálogo, a boa convivência entre os vizinhos, disseminando a cultura da paz em suas comunidades. Vinda dos países da América do Norte, há quase 13 anos, a Justiça Restaurativa encontrou apoio no Poder Judiciário e foi incorporada à fase pré-processual, funcionando como alternativa para a solução de conflitos por meio do diálogo.

A técnica, que tem a ativista norte-americana Kay Pranis como referência, busca reduzir o confronto antes que ele tome maiores proporções, e está sendo utilizada como ferramenta do Pacto Pelotas pela Paz, como estratégia do eixo de Prevenção Social da política pública.

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