Pecuária brasileira tem opções tecnológicas para enfrentar o acordo comercial entre EUA e China
Reduzir custos da alimentação dos animais pode gerar fôlego aos produtores durante uma possível crise no setor. O recente acordo firmado entre as duas maiores potências econômicas do mundo – Estados Unidos e China -, pode enfraquecer a pecuária brasileira. Com o pacto, o país asiático, que hoje é considerado um dos maiores compradores da carne brasileira pode deixar de importar o produto brasileiro, para investir na compra da carne norte-americana.
No entanto, de acordo com o coordenador de especialidades da Quimtia Brasil, Jefferson Bittencourt, empresa especializada na produção de insumos para ração animal, algumas medidas podem ser importantes na hora de enfrentar uma “possível crise” no mercado brasileiro.
Segundo o especialista, para garantir a operacionalidade dos produtores de gado, aves e suínos, o primeiro passo é repensar os custos da produção animal. Para Bittencourt, cerca de 70% de todo o investimento no processo de produção animal está correlacionado aos preços da alimentação dos animais. Por isso, nos dias de hoje, a gestão destes gastos é importante e fundamental para a sobrevivência dos pecuaristas.
“Uma alternativa é fazer o uso de produtos feitos a partir de enzimas, que atuam como ferramentas da nutrição auxiliando para a redução de custos na produção de proteína animal, consequentemente, diminuindo o gasto da produção animal”, explica.
Quando adicionadas na ração, essas enzimas atuam na estrutura dos grãos, removendo os fatores antinutricionais, gerando maior aproveitamento de nutrientes. “Isso faz aumentar a digestibilidade dos grãos, permitindo um melhor aproveitamento do alimento com uma efetiva otimização na utilização do milho e soja na dieta animal”, finaliza Jefferson.