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Carlos Bulhões e Patricia Pranke iniciam campanha à reitoria da UFRGS

Chapa 1 fará oposição a atual gestão, defendendo uma instituição autônoma e sem vinculação partidária

“A UFRGS precisa votar, a UFRGS precisa mudar”. Com esse slogan, os professores Carlos Bulhões e Patricia Pranke deram início à campanha à reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul nesta terça-feira (23). Os candidatos da Chapa 1, oposição ao grupo que comanda a instituição há anos, defendem uma gestão autônoma e mais próxima à sociedade.

A intenção da chapa, de acordo com Bulhões, é construir um ambiente inclusivo e participativo. “Queremos que as ideias transmitem livremente pela universidade, sem dirigismo em favor de qualquer corrente de pensamento. A gestão deve estar focada nas reais necessidades de todos os setores da instituição, valorizando todos os campi e unidades acadêmicas, com menos partidarismo e com mais modernidade, eficiência, transparência e abertura”, disse.

Para o candidato a reitor, a mudança da universidade depende da mobilização e participação de docentes, técnicos-administrativos e discentes. “É necessário que toda a comunidade acadêmica participe do processo de consulta, mesmo em meio à pandemia do coronavírus. Isso fortalece a educação pública, gratuita e de qualidade e a democracia”, salienta Bulhões, lembrando que a abstenção de alunos chegou a 89,5% no último pleito.

Para Patricia, o papel da reitoria é de cultivar a dialética, o contraditório, a pluralidade e o respeito. “Hoje, quem faz a universidade ter destaque são os servidores – dos professores aos técnicos-administrativos – e os alunos. A gestão precisa estar à altura dessa nossa qualidade humana. A nossa chapa não possui vinculação ou subordinação a nenhum partido ou político. Queremos uma UFRGS para todos”, frisa a candidata a vice-reitora.

A consulta acontece em 13 de julho pela internet. Professores, servidores administrativos e alunos da instituição podem votar.

Perfil

Candidato a reitor, Carlos Bulhões é professor titular do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, com 36 anos dedicados à docência. Engenheiro civil, doutor em Planejamento de Recursos Hídricos e pós-doutor em Planejamento Ambiental, atuou na perícia do rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais. É diretor do Sindicato dos Engenheiros do RS (Senge) e foi conselheiro titular do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA/RS)

Patricia Pranke é candidata a vice-reitora. Renomada pesquisadora da área de células-tronco, é professora titular da Faculdade de Farmácia e do programa de pós-graduação em Ciências Biológicas – Fisiologia, da UFRGS. Possui mestrado em Ciências Médicas, doutorado em Genética e Biologia Molecular e pós-doutorado na área de nanotecnologia, engenharia de tecidos e medicinar regenerativa.

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