Central de e-commerce falsa em Xangri-lá é alvo de operação policial
Na manhã desta sexta-feira (23), a Polícia Civil deflagrou a Operação Camaleão, desmantelando uma central de e-commerce montada para realizar fraudes a consumidores em todo o Brasil. Na ação, um casal foi preso por estelionato, tráfico de drogas e documento falso. Durante as buscas, foram apreendidos um veículo Mustang e uma camionete Sportage paraguaia, além de computadores, cartões de contas bancárias, máquinas e documentos referentes aos golpes. A central estava localizada no litoral norte gaúcho, na cidade de Xangri-lá.
Estelionato
Os indivíduos investigados, naturais do Paraná, possuem antecedentes em diversos Estados por estelionato. Durante a pandemia, eles montaram um site chamado Central dos Tapetes, no qual, supostamente, eram vendidas as mercadorias para todo Brasil.
As entregas não eram efetuadas, visto que nem estoque os suspeitos possuíam. As investigações foram intensificadas devido a golpes que os suspeitos praticaram no Paraguai no período em que estavam escondidos naquele país. Durante esse tempo, confeccionaram documentos paraguaios falsificados com o objetivo de trazer carros do Paraguai para o Brasil. Um dos envolvidos se passava por médico aqui no país e, inclusive, há suspeita de terem efetuado atendimentos nesse período.
Estima-se mais de mil vítimas pelo Brasil e uma movimentação financeira em lavagem de dinheiro de um milhão de reais em fraudes. As fraudes atuavam em vários segmentos como locação de imóveis mobiliados e venda dos móveis das residências locadas. Em uma delas, em Canoas, foram vendidos todos os móveis do locador. No alvo do mandado de busca realizado hoje, os estelionatários estavam aplicando o mesmo modus operandi, gerando um prejuízo de R$ 60 mil.
Foram identificados diversos golpes aplicados pelo grupo, devido à utilização de inúmeras contas bancárias abertas, consequentemente, aprofundando as investigações na lavagem de dinheiro. Uma das vítimas que era pedreiro chegou a emprestar o celular para o investigado e esse teria levado o celular do funcionário que realizava a obra.
Informações complementares podem ser verificadas com a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Canoas, com o delegado Thiago Lacerda, telefone 51 3425-9082.