Especialista dá dicas para evitar armadilhas nesta Black Friday
No ano passado, conforme dados da Ebit Nielsen, empresa que classifica a reputação das lojas virtuais, em 2019 as vendas online durante a Black Friday superaram os R$ 3,2 bilhões. A expectativa da empresa é que, para esse ano, o valor deve crescer 20% comparado ao ano passado. “A Região Sul do país deverá responder por 14% do faturamento do país, caso repita o mesmo desempenho do ano passado”, comenta Adriane Fernandes, da Karma Digital, empresa especializada em marketing digital e com sede no Rio Grande do Sul.
Conforme a especialista, o brasileiro nunca comprou tanto online, o que vem fazendo com que gigantes do varejo online venham batendo recordes de acessos aos seus sites. Uma pesquisa encomendada pelo Google e realizada pela Provokers com 1,5 consumidores brasileiros, identificou que 54% dos brasileiros tem intenção de efetuar compras online na Black Friday.
O levantamento, realizado com pessoas de todas as regiões do Brasil, homens e mulheres de 18 a 54 anos, das classes ABC e com acesso à internet, entre 14 e 21 de setembro, identificou que para 57% dos entrevistados, a principal motivação é ofertas. Já 49% dos entrevistados afirmaram que vão aproveitar os baixos preços para adquirir algo que não puderam comprar antes devido questões financeiras, e 34% vai usar a data para repor algum produto.
As categorias mais desejadas pelos brasileiros são: Celulares (38%), Eletrodomésticos (30%), Informática (28%), Roupas femininas (28%), Televisões (26%), Roupas (24%), Eletroportáteis (24%), Perfumes (24%), Tênis (22%) e Móveis (22%). Já para os gaúchos, as ferramentas de buscar identificam que os consumidores do estado estão procurando produtos como ar-condicionado (aumento de 126% nas buscas em cidades como Canoas, Esteio e Lajeado), ventilador (aumento de 142% nas buscas em cidades como Canoas, Gravataí e São Leopoldo), televisão (aumento de 40% nas buscas em cidades como Porto Alegre e Caxias do Sul para produtos 4k), notebook (aumento de 300% nas buscas em cidades como Cachoeirinha, Pelotas e Rio Grande).
Para Adriane Fernandes, uma expressão vem na cabeça do brasileiro na Black Friday são as possibilidades de fraudes. “A prática é bastante conhecida: lojas aumentam os preços algumas semanas antes da data para, durante a black friday, baixar e vender pelo mesmo preço de antes, forjando um falso desconto”, comenta. Mas há perigos ainda maiores: lojas falsas, que aparecem somente durante o evento e depois somem. Para ajudar os consumidores a não cair nesses golpes, a especialista apresenta três dicas:
Acompanhe os produtos que você deseja: Muita gente espera a Black Friday para fazer uma compra de alto valor, esperando pelos grandes descontos. Esse é um dos motivos que eletrodomésticos e eletrônicos são a principal categoria em vendas durante essa data, chegando a representar 42% das buscas durante a Black Friday. A primeira dica é: mapeie os produtos que você tem interesse e acompanhe os sites que possuem o melhor preço.
Pesquise a reputação dos sites: Mapeada a sua lista de desejos, é hora de pesquisar a reputação das lojas virtuais que você está de olho. O site Reclame Aqui é a ferramenta mais utilizada para acompanhar esse índice, principalmente porque ele mostra o índice de reclamações, mas também de soluções sobre a empresa reclamada. Problemas acontecem, fretes atrasam e produtos podem vir com defeito, o que importa nesse caso é a atenção que a empresa dá para os clientes que possuem problemas. Se o índice de pessoas que voltariam a fazer negócio for bom, você pode comprar com mais segurança.
Acompanhe o preço dos produtos que deseja: Existem também sites que acompanham a evolução dos preços dos produtos. Esses sites começaram a surgir alguns anos atrás, depois de muitas denúncias de lojas virtuais que aumentavam seus preços, semanas antes da Black Friday, para baixar os valores na data e criar uma promoção que não era real. Um dos sites mais utilizados.