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Em último ato, Andrés fecha acordo com Caixa para pagamento da arena

Gestor deixa o clube tentando arrumar situação financeira da equipe paulista

Prestes a deixar a presidência do Corinthians, Andrés Sanchez conseguiu, enfim, finalizar um acordo para quitar a dívida que o clube tem com a Caixa Econômica Federal, responsável por empresa o dinheiro que possibilitou a construção da Neo Química Arena, atual estádio corintiano.

Por muitos anos, torcedores do clube foram alvos de gozação de chacota por parte dos rivais, já que não tinha um estádio próprio. Com a definição do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, o clube fez o empréstimo para construir o estádio, posteriormente utilizado no mundial.

Desde então, o Corinthians vem prolongando o pagamento do débito com o banco estatal. Nesse meio tempo, viu sua bilheteria ser penhorada e perder parte da receita destinada à manutenção do clube e para reforçar o elenco do time profissional.

Agora, ao que parece a situação está resolvida. O banco estatal concordou em oferecer um prazo de pagamento ao Corinthians muito maior do que o anterior, até 2040. O prazo coincide com o pagamento dos naming rights do estádio, que será feito pela empresa Hypera Pharma.

Além disso, o Timão ganhou dois anos de carência e só vai iniciar os depósitos para a Caixa em 2022. Ficou combinado que os pagamentos serão feitos em 17 prestações, uma por ano, e não mais mensalmente, como previsto no contrato anterior. O acordo foi antecipado pelo site globoesporte.com, mas tem toda a repercussão no www.jornalesportes.com.

O valor total da dívida do Corinthians com a Caixa é de R$ 569 milhões. Destes, R$ 300 milhões serão abatidos com a receita dos naming rights da Arena ao longo dos próximos 20 anos. Assim, restarão R$ 269 milhões, que terão de ser pagos até 2039.

No ano passado, a Caixa executou na Justiça a dívida do clube. Na época, o banco pedia R$ 537 milhões. Porém, com juros, multas e honorários advocatícios, a cobrança saltou para R$ 650 milhões. Após negociações, a empresa estatal concordou em reduzir a pedida em R$ 81 milhões.

No sexta-feira (27), Andrés Sanches publicou em sua conta no Twitter que o próximo presidente do clube encontrará as finanças organizadas e com situação melhor do que a encontrada por ele quando assumiu o clube pela segunda vez, em meados de 2018.

Apesar de o valor da dívida ser de R$ 569 milhões, o total a ser pago pelo Corinthians será maior. Isso porque as parcelas serão reajustadas anualmente baseada na taxa de juros, hoje acima dos 4%. Vale lembrar que o empréstimo contraído pelo Timão em 2013 foi de R$ 400 milhões.

O valor máximo das parcelas anuais não pode exceder R$ 38 milhões.
Além do prazo maior e do desconto no valor, o Corinthians festeja o fato de a partir de agora poder ficar com parte das receitas de bilheteria da Arena.

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