CDL Porto Alegre lança estudo sobre hábitos de consumo para o Natal

Às vésperas da data comemorativa com maior impacto de movimentação financeira no comércio e diante das constantes oscilações no mercado com a pandemia do coronavírus, a CDL Porto Alegre lança o estudo de Natal “Do presente ao sentimento de presença”.

O levantamento realizado pela Vitamina Pesquisa faz um diagnóstico dos hábitos de consumo e de comportamento em Porto Alegre e propõe estratégias aos lojistas para aproveitarem os últimos dias antes da data, recuperando receita e vendendo mais.

Para o Natal de 2020, mais do que em qualquer outro ano, a presença receberá um valor inestimável, mesmo que não seja possível para todas as famílias estarem perto fisicamente. As restrições quanto à presença impactarão em uma nova forma de celebrar: em grupos menores, virtualmente, com gestos simbólicos, na escolha de presentes que toquem o coração de pessoas e que carreguem consigo o valor das relações interpessoais.

Desejos de Natal

O estudo da CDL POA aponta as palavras que melhor definem o Natal em Porto Alegre neste ano: ‘família’ e ‘saudade’. As privações sofridas no período levaram mais de 90% dos entrevistados a demonstrarem intenção de reunir seus familiares nesta data comemorativa, mesmo que de forma adaptada, utilizando a tecnologia. Cerca de 40% do público da pesquisa também afirmam que enviarão presentes para as pessoas queridas. E, no topo da lista dos desejos para este Natal, estão ‘cura da covid’, ‘vacina’ e ‘saúde’.

Quando a pesquisa se debruça sobre o cenário atual, surgem dados importantes sobre a perda e a manutenção da renda em Porto Alegre. Mais de 44% das pessoas mantiveram seu emprego com os mesmos proventos; 18% permaneceram no trabalho, mas com redução de remuneração; e 11% perderam o emprego. As classes sociais B e C foram as mais impactadas economicamente.

Se observado o comportamento dos porto-alegrenses frente ao ambiente de pandemia e o isolamento social, fica claro o esgotamento das pessoas. A maioria já está de volta às atividades, seja por demanda essencial, de trabalho ou por convívio social: 48% sai o mínimo necessário; 46% já flexibilizou um pouco mais a rotina; 3% já voltou normalmente às atividades; e 2% se diz em isolamento total.

Controle das despesas

Apesar do ano de dificuldades, o cenário de privação estimulou um maior controle das despesas para grande parte das pessoas consultadas, justificando a possibilidade de consumo no Natal. Assim, 50% pretendem comprar porque reduziram gastos durante o ano, 40% dizem que a disponibilidade de compra independe do cenário e 10% não pretendem gastar. Mesmo com uma intenção de compra consistente, de maneira geral, algumas mudanças são registradas, como a propensão em reduzir o valor desembolsado por presente, diminuir a quantidade de produtos adquiridos, enxugar gastos com o local da celebração e economizar com os cuidados pessoais e a ceia.

Semelhante ao ano passado, neste Natal, os presentes terão uma média entre R$ 201 e R$ 500 para a maior parte dos consumidores (40%), com destaque para o aumento mais significativo na quantidade de presentes de até R﹩ 50 – 4 p.p. em relação a 2019 -, chegando a 5% das intenções de compra. Roupas estão em primeiro lugar na lista dos presentes adquiridos para a data, com 76%, seguidas de brinquedos (52%), acessórios (32%), perfumaria (30%), calçados (25%), entre outros, lembrando que esta alternativa aceitava múltipla escolha. As lojas de rua continuam sendo o lugar preferido para a escolha dos presentes, contabilizando 32% dos entrevistados, e as compras pela internet, consolidadas durante a pandemia, triplicaram as intenções de consumo em relação a 2019, com 16% da preferência.

Os novos significados para a presença e o presente impactam também na forma do lojista ver o Natal, podendo implementar ações mais humanizadas, cuidados com atendimento, novas formas de comercializar e atuação no digital mais forte. Mesmo em um ano tão desafiador, o Natal continua sendo uma oportunidade singular de faturamento, principalmente se atrelada à tecnologia e ao digital, já que os consumidores confirmaram que a divulgação ativa de produtos em rede social, envio de catálogo online e vendas por WhatsApp facilitam e estimulam as compras.

As mudanças virão até o último momento deste ano, e o significado do Natal estará mudando e se fortalecendo nas relações humanas até lá. Por isso, as alternativas de comercialização para os lojistas se ampliam com a proximidade da data e, cada dia a mais de loja aberta, será uma oportunidade extra de fazer o Natal ser mais simbólico do que nunca, mais presença e com mais presentes.

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