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Pandemia traz queda às exportações de móveis brasileiros

Estado registrou redução de 9,8% sobre os valores exportados no comparativo a 2019, enquanto o Brasil teve queda de 2,0% no mesmo período. Apesar dos números, perspectivas para 2021 são otimistas

Os impactos da pandemia no comércio exterior foram fortes, reflexo da crise mundial onde as cadeias produtivas foram desorganizadas com significativa queda no consumo, especialmente no segundo trimestre de 2020, e consequente baixa na produção. Nesse cenário, o Rio Grande do Sul teve uma redução de 9,8%, com 178,78 milhões de dólares na exportação de móveis, em relação a 2019; enquanto o Brasil registrou menos 2%, totalizando 679,1 milhões de dólares, no mesmo período. Um dos pólos moveleiros mais expressivos do Estado, Bento Gonçalves teve uma diminuição menor sobre desempenho das exportações, se comparado aos índices do RS e Brasil: em 2020, atingiu 47,6 milhões de dólares em valores exportados, representando menos 0,2%, em relação a 2019.

As informações foram compiladas do Portal Comex Stat, sistema para consulta e extração de dados do comércio externo brasileiro. De acordo com Eduardo Santarossa, da área de Inteligência Comercial do Sindmóveis/Movergs, em Bento Gonçalves, “os valores em dólares ficaram praticamente estáveis em relação ao ano anterior. Os Estados Unidos estão consolidados como o principal destino dos móveis da região. São destaques também os bons resultados registrados para Peru, Reino Unido, Porto Rico, Equador, França e Emirados Árabes Unidos”, acrescentou. Na análise dos principais mercados do RS pode ser observado um crescimento das exportações em alguns destinos. Além dos Estados Unidos, aparecem ainda Peru, Chile, Porto Rico, Países Baixos (Holanda) e Emirados Árabes Unidos.

Santarossa lembra que as exportações reagiram de modo muito favorável nos últimos meses, oportunizando a recuperação de parte das perdas durante o segundo semestre de 2020, considerado o pior período para os embarques de móveis. Porém, apesar dos sinais da retomada da trajetória positiva a partir dos níveis pré-pandemia, ainda não foi possível recompor as perdas do ano.

As previsões para 2021, mesmo com a volatilidade do mercado internacional, são otimistas, sustentadas pela alta demanda por mobiliário e a expectativa da vacinação em massa – com as primeiras doses sendo distribuídas em janeiro – e o esperado controle sobre a pandemia da Covid-19.

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