A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, por meio de seu Centro de Inovação, em parceria com a NoHarm.ai, desenvolveu dois algoritmos de automação para a validação técnica de prescrições médicas pelos farmacêuticos. O projeto piloto da NoHarm teve início em abril de 2020, no Hospital São Francisco da Santa Casa de Porto Alegre e, atualmente, a Farmácia Clínica da instituição utiliza a NoHarm para a validação técnica de prescrições de medicamentos em todos os sete hospitais do complexo hospitalar, em Porto Alegre. Em nove meses de uso, a NoHarm impactou 5.627 vidas.
A ferramenta oferece diversos recursos como a visualização de exames laboratoriais, diferenciando os que apresentam resultados alterados, alertas para medicamentos prescritos em duplicidade terapêutica, necessidade de ajuste de dose de acordo com a função renal e hepática do paciente, interações e incompatibilidades medicamentosas, entre outras. Estas informações facilitam a avaliação farmacêutica direcionando o foco do profissional para os pontos críticos que devem ser priorizados. O número de prescrições validadas aumentou significativamente com o uso da NoHarm, otimizando o tempo do farmacêutico. “A ferramenta também disponibiliza alguns indicadores de validação, intervenções e percentual de aceite destas. Atualmente, estamos trabalhando no desenvolvimento de indicadores de farmacoeconomia”, explica Francieli Zanella Lazaretto, líder da Farmácia Clínica da Santa Casa.
Ainda no primeiro semestre de 2021, a ferramenta será implementada em outros dois hospitais da Santa Casa: no Hospital Dom João Becker, em Gravataí, e no Hospital Santo Antônio da Patrulha. “O uso de tecnologias em saúde vem crescendo a cada dia, trazendo impactos positivos para o aumento da segurança do paciente, agilidade dos processos para os profissionais e otimização de recursos para as instituições de saúde”, explica Jader Pires, diretor administrativo da Santa Casa.
Próximos passos
Está em fase de desenvolvimento a NoHarm Care, uma inteligência que irá ler as evoluções dos pacientes atrás de indicadores de risco como: sangramento, infecções, úlcera de pressão, insuficiência renal, diabetes, hipertensão, anemia e outras informações que possam impactar no tratamento do paciente. Essa inteligência irá trazer ainda mais qualidade para a Farmácia Clínica e, consequentemente, proporcionar mais segurança para o paciente.