RS recomenda suspensão de cirurgias eletivas até 31 de março
No Rio Grande do Sul, o aumento no número de internações pelo coronavírus fez com que a Secretaria da Saúde (SES), por meio do Centro de Operação de Emergência Covid-19, publicasse um comunicado orientando que hospitais de todo o Estado suspendam as cirurgias eletivas não emergenciais até 31 de março.
A recomendação é que a força de trabalho da equipe técnica, a área física e os equipamentos hospitalares sejam disponibilizados na integralidade para atendimentos a pacientes suspeitos ou confirmados de Covid-19.
Segundo a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, Lisiane Wasem Fagundes, neste momento é preciso concentrar os esforços nos atendimentos a pacientes Covid, tendo em vista o crescimento acelerado no número de internações. “Porém, mantendo a coerência e o cuidado às outras doenças que também comprometem a saúde da nossa população”, afirmou.
Dados da manhã desta segunda-feira (22/2) indicam lotação de 85% dos leitos de UTI adulto no Estado, com 1.089 pacientes confirmados no setor e outros 217 com a suspeita ou outro agravo respiratório, além de 985 por outras causas. Outras 2,6 mil pessoas seguem internadas por Covid-19 (confirmada ou suspeita) ou outros problemas respiratórios fora de UTI.
Entende-se por cirurgia eletiva todos os procedimentos possíveis de postergação de agendamento e que não tenham forte possibilidade de causar agravamento da enfermidade a curto prazo em termos de risco de vida e perda de função ou órgãos, que tenham possibilidade de agendamento prévio e que não constituem urgência ou emergência ou que não sejam decorrentes de atendimento a pacientes pós-covid. A medida fica sujeita a alteração, podendo as cirurgias eletivas serem retomadas a qualquer momento, a partir da reavaliação dos casos suspeitos e confirmados pelo coronavírus.
São considerados inadiáveis os seguintes procedimentos:
– Atendimentos a gestantes bem como a recém nascidos e puérperas
– Acompanhamentos pós-cirúrgicos para todos os tipos de cirurgias já realizadas (mesmo as eletivas)
– Atendimentos na especialidade de oncologia, cardiologia e neurologia contemplando toda a linha de cuidado (da primeira consulta até a alta do paciente)
– Atendimentos pediátricos
– Atendimentos de trauma