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Paciente de covid-19 que usou bolha respiratória deixa o Hospital

Foram 32 dias de internação na Área Covid do Hospital Centenário, 10 dias na UTI, dos quais quatro foram no tratamento com a Bolha de Respiração Individual Controlada, a BRIC. Na manhã desta segunda-feira, 19 de abril, Joezer Brasil de Souza, 33 anos, recebeu alta e tocou o Sino da Vitória, que simboliza a recuperação da covid-19.

O Hospital Centenário, de São Leopoldo, iniciou no dia 9 de abril o tratamento com bolha respiratória na Área Covid, a nova tecnologia não invasiva, que pode reduzir a necessidade de intubação dos pacientes. A Bolha de Respiração Individual Controlada é impermeável, transparente, vedada, inflável e tem conexões respiratórias que permitem a oxigenação pulmonar reduzindo o esforço do paciente e sem a necessidade de sedação. Cada bolha é de uso exclusivo do paciente.

A BRIC é indicada para pacientes com disfunção respiratória, com baixa saturação, mas ainda sem indicação para intubação. Conectada a um respirador, a bolha pode ser utilizada por até 12 horas no paciente. No Hospital Centenário a tecnologia segue um protocolo específico e a utilização é por até 8 horas para avaliação da resposta do paciente. Antes de ser instalada e cada quatro horas de uso, os níveis de oxigenação são medidos e os parâmetros indicam a nova etapa de tratamento. O paciente Joezer Brasil de Souza, 33 anos, usou a BRIC entre os dias 9 e 12 de abril, enquanto esteve internado na UTI, e não necessitou da. A saturação inicial de 67 evoluiu para 96, mantendo os níveis dentro da margem de segurança. Joezer deixou a UTI e foi para um leito clínico. “Foi muito bom, estava preocupado por talvez ter que ser intubado, consegui respirar bem, me senti tranquilo e agora comemoro ter saído da UTI’’, disse.

Na Área Covid do Centenário, três bolhas estão sendo utilizadas. De acordo com responsável pela equipe de Fisioterapia da instituição, Rodrigo Lopes Ferreira, a bolha oferece maior conforto ao paciente. “Com a bolha o paciente pode se comunicar, fica mais confortável. É uma forma de manter o paciente fora da intubação e garantir resultados satisfatórios’’, explica. É uma possibilidade real de avançar no tratamento proporcionando maior conforto e ao paciente. Toda a tecnologia que podermos absorver para beneficiar os pacientes será bem-vinda”, afirma.

Para usar a bolha, o paciente passa por uma avaliação rigorosa. O tratamento não é indicado para pacientes claustrofóbicos, com histórico de deslocamento de retina e sangramento de vias aéreas.

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