Mata Atlântica abriga riquezas de fauna e flora em Passo Fundo
A Mata Atlântica cobre cerca de 15% do território brasileiro, incluindo Passo Fundo. É um dos biomas com a maior diversidade do planeta e está entre os mais ameaçados. Frente ao Dia Internacional da Biodiversidade, lembrado neste sábado (22), e ao Dia da Mata Atlântica, que será celebrado na próxima quinta-feira (27), o Município chama a atenção para a necessidade da preservação dos recursos naturais.
A biodiversidade representa a riqueza relacionada à variedade de plantas, flores, animais e habitats que estão inseridas dentro de um ecossistema. De acordo com a secretária de Meio Ambiente, Gabriela Engers, “os fragmentos florestais de Mata Atlântica possuem inúmeras espécies de fauna e flora ameaçados de extinção, que cumprem o papel de garantir a qualidade destes ambientes e serviços ambientais para toda a sociedade”.
Entre as estratégias do Município na manutenção da biodiversidade, estão a atuação forte da Secretaria de Meio Ambiente no que tange à fiscalização, participação ativa do Conselho Municipal de Meio Ambiente nas questões ambientais e o licenciamento ambiental de atividades potencialmente poluidoras. “Realizamos um amplo trabalho de acompanhamento das nossas áreas de preservação e também para fomentar a regeneração dos fragmentos de mata. Aliado a isso, precisamos da cooperação de toda a sociedade para manter, proteger, preservar e auxiliar na fiscalização denunciando desconformidades”, salienta.
Áreas protegidas
Passo Fundo conta com inúmeras Áreas Protegidas Públicas e Privadas. Esses espaços contribuem com a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos, a proteção das espécies ameaçadas de extinção, a preservação e restauração da diversidade de ecossistemas naturais e degradados, a promoção do desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; a proteção e recuperação dos recursos hídricos e o incentivo à pesquisa científica.
Entre essas áreas, estão quatro Reservas Particulares de Proteção Natural (RPPN’s): duas municipais e outras duas reconhecidas pelo Governo Federal. “São Unidades de Conservação de Proteção Integral, configurando-se espaços protegidos pela iniciativa privada e reconhecidos pelo poder público municipal por possuírem relevante interesse ambiental ou paisagístico”, explica a secretária de Meio Ambiente.
Com relação às Áreas Protegidas Públicas Municipais, é possível destacar o Parque Natural Municipal do Pinheiro Torto – Unidade de Conservação de Proteção Integral e o Parque Urbano Municipal Arlindo Hass.
Conforme Gabriela, o Pinheiro Torto “possui uma área de 29 hectares, composta por uma expressiva representação da Floresta de Araucárias, com a ocorrência de campos sulinos e recursos hídricos que colaboram com a formação da microbacia hidrográfica do Arroio Pinheiro Torto, um dos principais afluentes do Rio Jacuí no território do município”.
Já o Arlindo Hass conta com “uma área composta por dois maciços florestais que perfazem um total de 22 hectares de Floresta Ombrófila Mista e que protege recursos hídricos do Arroio Invernadinha”. Esta área se configura como uma ilha de biodiversidade dentro de um Distrito Industrial, possuindo trilhas que permitem a contemplação de uma parte representativa do ecossistema associado à Mata Atlântica, com exemplares arbóreos exuberantes, destacando-se o Pinheiro Brasileiro e todas as demais espécies que interagem entre com essa árvore símbolo do Rio Grande do Sul.