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Porto Alegre registra novo caso de raiva em morcego

A diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre confirmou nesta quarta-feira (18) um caso de raiva em morcego não hematófago (não se alimenta de sangue) encontrado no bairro Bom Fim, neste mês. Em junho, a vigilância emitiu o primeiro alerta para raiva em 2021, após a confirmação da doença em morcego hematófago (se alimenta de sangue) capturado na Zona Sul.

A raiva é uma doença transmissível que atinge todos os mamíferos – como cães, gatos, bois, cavalos, morcegos e o homem. Ela é transmitida quando a saliva do animal infectado entra em contato com a pele lesionada ou mucosa, por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal.

O vírus ataca o sistema nervoso central, levando à morte após pouco tempo de evolução. É caracterizada por uma encefalomielite fatal, doença extremamente grave, com letalidade de quase 100%. No Brasil, apenas dois homens sobreviveram à raiva, vivendo com sequelas graves.

O morcego é um reservatório natural da raiva. Por isso, o contato de morcegos com animais de estimação ou humanos sempre é considerado um acidente grave. Para proteger o animal doméstico da raiva, o tutor do pet deve vacinar cães e gatos contra a raiva anualmente. A carteira de vacinação do animal deve ser verificada. A vacina é válida por 12 meses.

Não tocar no animal

Caso encontre algum morcego vivo ou morto em situação anormal, por exemplo, caído no chão, pendurado em janelas, cortinas, etc, o animal não deverá ser tocado. Deve-se ligar para o Serviço 156 – Fala Porto Alegre ou para o setor de Antropozoonoses na Vigilância em Saúde (51) 3289-2459 – para orientações. Se possível, o animal deve ser capturado sem ser tocado diretamente, utilizando panos, caixas, baldes ou mantendo-o preso em ambiente fechado até que a equipe municipal realize o recolhimento.

Acidentes envolvendo contato com morcegos são considerados graves e devem ser notificados imediatamente.

– A notificação de suspeitas ou de acidentes permitirá medidas de prevenção, controle e monitoramento necessárias, seja para a saúde animal ou saúde humana. Serviços veterinários devem notificar suspeitas ou acidentes à Equipe de Vigilância de Antropozoonoses da DVS.

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