Escolas municipais de Caxias recebem mensalmente 30 toneladas de alimentos
Smed distribui os produtos para toda a Rede Municipal de Ensino
O setor de Alimentação Escolar, da Secretaria Municipal da Educação, divulgou números que envolvem a logística e distribuição da alimentação escolar para a Rede Municipal de Ensino de Caxias do Sul. A distribuição implica em 30 toneladas de alimentos pouco perecíveis por mês, entregues nas 83 Escolas de Ensino Fundamental e 45 Escolas de Educação Infantil. Para exemplificar, em 2021 já foram distribuídas mais de 65 toneladas de arroz e cerca de 42 toneladas de leite. O trabalho envolve 20 profissionais entre o setor técnico e de transporte. A Smed conta com seis nutricionistas lotadas no setor de alimentação.
O trabalho das técnicas tem o cuidado com a seleção dos alimentos desde a elaboração dos descritivos dos gêneros, para o Edital de Compra dos produtos, até o acompanhamento na distribuição. Já o setor de transporte envolve seis veículos e mais de dez profissionais, que carregam os alimentos e fazem a distribuição planejada entre as instituições de ensino.
Segundo a nutricionista responsável técnica pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, Andreia Biondo, a alimentação oferecida na Rede Municipal envolve uma consciência com alimentação saudável para os estudantes. O suco de uva oferecido, por exemplo, é orgânico ou integral, sem adição de açúcar e aditivos e é fornecido pela agricultura familiar. Também são fornecidos alimentos especiais para as crianças ou estudantes com necessidades de alimentação específicas como alergias e intolerâncias.
Além dos alimentos pouco perecíveis, semanalmente são entregues pelos fornecedores diretamente nas escolas, os alimentos perecíveis (frutas, vegetais, pães, carnes, ovos entre outros), com uma variedade que chega a 22 tipos de alimentos, dependendo do cardápio seguido, totalizando uma média de 17,8 toneladas por semana.
“Os cardápios estão em constante evolução. Ao longo dos últimos anos, várias mudanças foram implementadas. Como exemplos, temos a retirada do creme vegetal, maionese, salsichão, leite condensado, gelatina, flocos de milho açucarados; a substituição total do extrato de tomate por tomates in natura fornecidos pela agricultura familiar de Caxias do Sul (para preparo dos molhos e saladas); a substituição de milho e ervilhas enlatados por congelados; a inclusão de aipim, pão integral, massa integral e aveia, feijão-carioca, goiaba, agrião, rúcula. Essas mudanças envolvem aspectos culturais e alteram hábitos já incorporados ao longo do tempo. No início observou-se resistência na aceitação dos novos alimentos por parte de algumas crianças e estudantes e coube aos educadores estimular um novo hábito, que atualmente já está incorporado”, explica Andreia.
A legislação brasileira sugere a prática de educação alimentar e objetiva uma conscientização sobre a importância de priorizar os alimentos com melhor valor nutricional e assim garantir um crescimento e desenvolvimento de qualidade. Além disso, o hábito da alimentação saudável na infância representa um dos principais fatores de prevenção de algumas doenças na fase adulta.
Dessa maneira, a escola, por meio da educação nutricional, tem papel fundamental para estimular as crianças e adolescentes a consumirem alimentos in natura e, consequentemente, adquirir hábitos saudáveis como garantia de uma boa saúde. A transmissão de conceitos gerais sobre a importância da alimentação saudável e os benefícios das frutas e hortaliças pode encorajar as crianças a entender a relevância do consumo de uma variedade de alimentos e estimular o aumento da ingestão espontânea de vegetais.
A Secretária Sandra Negrini, titular da Smed, destaca que a pasta segue o que determina a legislação federal e, principalmente, respeita o trabalho qualificado dos profissionais da nutrição e médicos. “Nós acreditamos na ciência e no que dizem as pesquisas. Portanto, quando o assunto é alimentação, sabemos que uma vida saudável passa por uma educação alimentar desde a infância”.