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Governo reduz previsão de crescimento da economia para 5,1% este ano

A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) caiu de 5,3% para 5,1% em 2021, conforme o Boletim MacroFiscal divulgado hoje (17) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia. Já a estimativa para a inflação subiu de 7,9% para 9,7%, por influência da alta nos preços dos combustíveis e energia elétrica.

Selic

Nos últimos meses, o Banco Central vem promovendo a elevação da taxa básica de juros, a Selic, para conter o avanço da inflação. Hoje, a Selic está fixada em 7,75% ao ano e deve subir mais uma vez na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro.

Além disso, há piora no cenário internacional. De acordo com a SPE, assim como no Brasil, na China e em alguns países europeus há problemas na oferta de energia, com forte elevação dos preços na Europa e racionamento na China. A quebra de cadeias produtivas também está prejudicando a indústria e reduzindo sua produção devido à falta de insumos.

“Os efeitos negativos na oferta e a maior demanda global são notórios e podem ser vistos na pressão no nível de preços. Cita-se o elevado nível do preço das commoditites, com destaque para os valores da energia, alimentos e metais industriais. A inflação de itens que não são apenas de alimento e energia tem assolado diversos países”, diz o boletim.

No Brasil, a atividade econômica desacelerou ao longo do terceiro trimestre de 2021, decorrente do desempenho da indústria e do comércio, e houve estabilização dos indicadores de produção agropecuária. “Por outro lado, notou-se continuidade da expansão dos serviços. Nesse mesmo sentido, indicadores antecedentes e coincidentes mensais mostram que se mantêm a trajetória de recuperação da economia no quarto trimestre de 2021”, diz a SPE.

Durante coletiva virtual para apresentação do boletim, o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, destacou alguns fatores positivos que impulsionam o crescimento em 2021, como a forte retomada no mercado de trabalho, diante da vacinação em massa e retomada da mobilidade, e o aumento dos investimentos privados. Segundo ele, o governo também segue com a agenda de consolidação fiscal e de reformas pró-mercado para o aumento da produtividade.

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