Suinocultores do RS recebem material de orientação sobre peste suína africana
O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul (Fundesa-RS) entregou a empresas integradoras de suinocultores e supervisões regionais da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, milhares de cartazes com orientações sobre a prevenção da peste suína africana. O conteúdo, que foi produzido em material resistente e lavável, deve ser afixado nas granjas dos integrados e também em locais visíveis nas inspetorias e outros pontos de acesso frequente de produtores.
A mensagem traz informações claras e objetivas sobre os cuidados que devem ser adotados para evitar a entrada do vírus nas propriedades. O conteúdo foi produzido com a orientação dos integrantes do Conselho Técnico Operacional da Suinocultura do Fundo, com a adaptação a uma linguagem mais acessível a todos os interessados.
Desde as primeiras notícias do espalhamento da Peste Suína Africana no continente asiático, em 2018, o Fundesa-RS vem realizando alertas e promovendo a conscientização dos produtores, especialmente ligados à suinocultura, em todo o estado.
O treinamento de médicos veterinários habilitados e a comunicação através de vídeos, textos e comunicados à imprensa das regiões produtoras foram algumas das ferramentas utilizadas. Mesmo durante o auge da pandemia de Covid-19, que voltou os olhos do mundo para o vírus humano, a orientação de cautela sobre PSA foi mantida, juntamente com a difusão de informações sobre o tema.
No segundo semestre de 2021, a doença chegou ao continente sul-americano, com casos registrados no Haiti e na República Dominicana, o que acendeu o alerta vermelho com maior intensidade para os suinocultores brasileiros. “Mesmo com a doença longe do país, já vínhamos informando sobre a necessidade de redobrar a atenção com os cuidados relacionados à biosseguridade nas granjas”, afirma o presidente do Fundesa, Rogério Kerber. Entre os principais pontos da biosseguridade está o controle da acesso às granjas e a forte recomendação de não receber visitantes que tenham passado por outros países nos últimos meses. “Manter os cuidados com a higienização de veículos, roupas, equipamentos e também com a origem de insumos é fundamental”, afirma o presidente.
Segundo Kerber, um vídeo com a participação de técnicos da superintendência do Ministério da Agricultura no estado, SeapDR e Universidade Federal do Rio Grande do Sul será o próximo passo de orientação aos produtores. “Também estamos concluindo um material com imagens de lesões provocadas pela peste suína africana para contribuir com a eventual identificação da doença”, pontuou.
Sobre a peste suína africana
– Doença altamente contagiosa que afeta suínos domésticos e asselvajados;
– Pode ser transmitida através de produtos processados;
– Vírus resistente a baixas temperaturas e pode permanecer ativo por longo tempo;
– Não afeta humanos, mas os humanos podem carregá-lo em roupas, calçados, veículos e equipamentos;
– Sintomas semelhantes a outras doenças de suínos como Pneumonia, por isso exige exame laboratorial;
– Não tem vacina, cura ou tratamento;
– É letal em 90% dos casos;