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Estiagem avança e aumenta preocupação com o Rio dos Sinos

Redução do nível do Rio dos Sinos requer uso racional da água, alerta Consórcio Pró-Sinos. Situação é acompanhada diariamente através da Plataforma de Monitoramento Espacial e do contato permanente com as áreas ambientais

Diante da estiagem que provoca a redução do nível e da vazão das águas, a situação do Rio dos Sinos tem sido monitorada pelo Consórcio Pró-Sinos. A falta de chuva dos últimos dias e a previsão de dias quentes, com temperaturas que podem ultrapassar os 40°C, oferecem risco para a região. O nível do rio segue baixando, mas, diferentemente da semana passada, não foram registradas mortes de peixes.

Interlocutor entre os 28 municípios consorciados dos 30 que compõem a bacia hidrográfica, o Pró-Sinos tem compartilhado informações técnicas e acompanhado a repercussão em cada cidade. A plataforma do Programa de Monitoramento Espacial do Pró-Sinos contempla dados sobre a qualidade da água, o acumulado de chuva, o nível do rio e a vazão.

As informações são compartilhadas por entidades como o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), e podem ser acessadas pelo endereço: https://fortalezatec.com.br/prosinos/.

Em relação ao acompanhamento dos dados de quantidade de água no Rio dos Sinos, a Estação da ANA em São Leopoldo indica que o nível está chegando aos 36 cm, mesmo número da semana passada, mas antes das altas precipitações ocorridas no período (quando era 38 cm).

Trata-se de um valor de nível relativo, medido a partir de um ponto de referência. Segundo os técnicos, o número mais frequente desse indicador é de 133 cm, o que indica que o valor medido nesta terça-feira (11) segue bem abaixo do normal.

A vazão do rio caiu de 16 m³/s para 10 m³/s só nesta terça-feira. Conforme o Plano de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, a vazão normal é da ordem de 71 m³/s. Em épocas de estiagem, pode chegar a 2,9 m³/s — situação considerada crítica — na seção de São Leopoldo, onde está a Estação da ANA. “Os gráficos das últimas 24h mostram que o nível da água teve uma variação, provavelmente por causa da influência do vento e do nível do Guaíba, Lagoa dos Patos, e a vazão teve uma variação proporcional. Mas, de forma geral, o nível e a vazão vêm caindo”, destacou Hener de Souza Nunes Jr., diretor técnico do consórcio.

Com a redução das chuvas, o aumento da concentração de poluentes torna a água inapropriada para qualquer tipo de uso. Nesse sentido, o diretor geral Luciano Machado alerta que essa poluição também acaba contribuindo para a escassez — reforçando a importância do consumo racional entre a população. “Desde dezembro estamos ressaltando a necessidade do desperdício zero para evitar a falta d’água”, frisa Machado.

Evite o desperdício de água

A entidade sinaliza alguns cuidados e boas práticas para evitar o desperdício de água:

  • Evite lavar calçadas, carros, molhar plantas e encher piscinas até a situação normalizar.
  • Acumule a roupa para utilizar a máquina de lavar na capacidade máxima.
  • Ao lavar a louça, feche a torneira e utilize apenas para enxágue.
  • Não deixe a torneira aberta enquanto escova os dentes.
  • Combata vazamentos, mesmo que sejam apenas pingos.
  • Seja rápido no banho e desligue o chuveiro enquanto se ensaboa.
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