Com a explosão dos influenciadores digitais – que já ultrapassam as celebridades convencionais no quesito popularidade -, a obsessão pelo corpo perfeito tem sido cada dia mais incessante. O “projeto verão” e a imposição de padrões de beleza têm tornado o limite entre a estética e a saúde, em alguns momentos, contraditórios.
Segundo Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida Saúde, a ditadura da beleza impõe comportamentos que vão além do equilíbrio da conquista do corpo ideal, podendo causar danos psicológicos. “A busca por um corpo saudável é algo bom, mas o corpo perfeito é muito relativo e inexistente.
A partir da influência causada pela nova realidade das webcelebridades nas redes sociais, surge a preocupação de se introduzir nos modelos impostos. “As redes sociais estão cheias de pessoas bonitas e saradas, que ganham fama e prestígio. Mas é preciso entender também que as redes sociais estão aí para socializar, nos mostrar também ideias diferentes, não deveria ser uma produção em massa de pessoas iguais. Saber que o seu corpo escultural não é tudo que você tem a oferecer é muito importante”, salienta.
A busca pelo físico perfeito, muitas vezes, acontece de maneira errada, especialmente quando o indivíduo se sente mais exigido tanto emocionalmente como fisicamente. “Ser fitness, de acordo com a sua definição, é estar em boa forma física, porém, isso não significa estar saudável. O ritmo de vida deve ser levado em consideração no momento em que você resolve ser ‘fitness’“, comenta Sarah.
“Ter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas são importantes para qualquer pessoa. É importante entender que colocar sua saúde mental e física em risco para atender padrões de beleza não deve ser uma alternativa válida”, conclui a psicóloga.