Susepe promove curso inédito de habilitação em fuzil para agentes mulheres
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) promoveu, nos dias 18 e 21 de março, um curso de habilitação em fuzil calibre 5.56mm para 20 agentes penitenciárias. A iniciativa é da Seção de Material Bélico (SMB), com apoio do Departamento Segurança e Execução Penal (DSEP), e da Escola do Serviço Penitenciário (ESP).
Com carga horária de 20h, a capacitação foi dividida em 10 horas de aula teórica na ESP, com conteúdos sobre manuseio, técnicas de segurança e montagem e desmontagem do equipamento. No segundo dia, foi realizada a parte prática do curso, com duração de 10 horas, em Gravataí.
A qualificação faz parte das metas do Plano Estadual de Atenção às Mulheres Privadas de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional, assinado pelo governo do Estado, em janeiro deste ano. No eixo voltado à capacitação e à formação de servidores, estão previstas atividades que visam garantir o treinamento de agentes que atuam em unidades prisionais femininas.
Nesta edição, focada para a 10ª Delegacia Penitenciária Regional, foram selecionadas agentes penitenciárias do Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier (PEFMP) e da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba (PEFG). Há a previsão de realizar habilitações em todo o Estado, para proporcionar o nivelamento de servidores nos equipamentos utilizados nas atividades diárias.
“É muito importante falarmos sobre o desenvolvimento dessas iniciativas que são voltadas às mulheres no sistema prisional, como o curso de habilitação em fuzil. Para nós, é uma conquista e uma alegria enorme fazer parte desse momento histórico na gestão em que a gente cumpre o nosso dever, enquanto Estado, de atender demandas específicas das mulheres”, destacou a vice-diretora do Departamento de Políticas Penais da Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS), Débora Ferreira.
Com a conclusão do curso, nesta segunda-feira (21), foram entregues dois fuzis, um para o PEFMP e outro para a PEFG, que são novidades para os estabelecimentos femininos. Esses equipamentos serão utilizados para agregar na segurança das instalações e nas escoltas.
“Estar em operações e estar em escoltas fazem parte das nossas atribuições independentemente do gênero, mas a mulher agente nem sempre era vista como prioridade. Atualmente, como gestão, é o que se tem buscado: valorizar cada vez mais o trabalho de todos, administrativos ou operacionais, qualificando as mulheres que atuam no sistema prisional”, disse a superintendente adjunta da Susepe, Michele Cunda.