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Inflação oficial de abril ficou em 1,06%

A inflação oficial de abril ficou em 1,06% de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido no período. A taxa ficou abaixo da registrada em março (1,62%). Mas, ao mesmo tempo, foi o índice mais alto para um mês de abril desde 1996 (1,26%).

Segundo dados divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada em 12 meses chegou a 12,13%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores e a maior desde outubro de 2003 (13,98%). A taxa acumulada no ano chegou a 4,29%.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços em abril. Os alimentos, com inflação de 2,06%, tiveram o maior impacto na inflação oficial do mês.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Março Abril Março Abril
Índice Geral 1,62 1,06 1,62 1,06
Alimentação e Bebidas 2,42 2,06 0,51 0,43
Habitação 1,15 -1,14 0,18 -0,18
Artigos de Residência 0,57 1,53 0,02 0,06
Vestuário 1,82 1,26 0,08 0,06
Transportes 3,02 1,91 0,65 0,42
Saúde e Cuidados Pessoais 0,88 1,77 0,11 0,22
Despesas Pessoais 0,59 0,48 0,06 0,05
Educação 0,15 0,06 0,01 0,00
Comunicação -0,05 0,08 0,00 0,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

“Em alimentos e bebidas, a alta foi puxada pela elevação dos preços dos alimentos para consumo no domicílio (2,59%). Houve alta de mais de 10% no leite longa vida, e em componentes importantes da cesta do consumidor como a batata-inglesa (18,28%), o tomate (10,18%), óleo de soja (8,24%), pão francês (4,52%) e as carnes (1,02%)”, explica o pesquisador do IBGE André Almeida.

Os transportes tiveram alta de preços 1,91% e foi o segundo principal responsável pelo IPCA do mês. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% da inflação do mês.

Entre os transportes, o principal responsável pela alta de preços foram os combustíveis que subiram 3,20%, com destaque para gasolina (2,48%).

Também registraram alta de preços os grupos saúde e cuidados pessoais (1,77%), artigos de residência (1,53%), vestuário (1,26%), despesas pessoais (0,48%), comunicação (0,08%) e educação (0,06%).

O único grupo de despesas com deflação (queda de preços) foi habitação (-1,14%), devido à queda de 6,27% no preço da energia elétrica.

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