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Fundesa-RS comemora um ano livre da febre aftosa no Estado

O Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul – Fundesa-RS – comemora, neste 27 de maio, um ano de Certificação de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação por parte da Organização Internacional de Saúde Animal.

À época, a confirmação foi feita em solenidade virtual, por causa da pandemia, durante a reunião anual do órgão. De lá para cá, o fundo manteve os trabalhos intensos para que a ferramenta vacina fosse substituída por outras ações de proteção do rebanho.

O Fundesa é composto por dez entidades do setor industrial e produtivo, atua desde sua criação em 2005 na promoção de condições para a que retomada da busca pela certificação fosse exitosa. “Ao refletirmos sobre o significado deste dia, após um ano da conquista, precisamos fazer um resgate de todo o trabalho realizado ao longo de 20 anos após o último foco”, propõe o presidente do Fundesa-RS, Rogério Kerber.

O presidente lembra que os focos registrados no início dos anos 2000 interromperam uma caminhada que havia começado junto com Santa Catarina (certificada em 2007). A criação do Fundo foi uma iniciativa do setor privado, que entendia ser

Investimentos

Além da informatização das inspetorias e da criação da Guia de Trânsito Animal eletrônica, o fundo investiu fortemente em capacitação dos técnicos dos serviços veterinários oficial e privado, bem como na comunicação com os produtores.

Outra medida foi a assinatura de convênios com universidades para promover ações de inteligência em prevenção a partir de dados, como a análise de risco, com a UFRGS, a Plataforma de Defesa Sanitária Animal, com a UFSM, e a análise de movimentação de redes de animais, com a Universidade da Carolina do Norte. Outro foco dos investimentos do Fundesa ao longo dos anos foi no diagnóstico, contribuindo com a estruturação de laboratórios e com a agilidade no envio de amostras em casos de suspeita.

Com todo o trabalho construído e investimentos realizados que superam R$ 29 milhões, o Fundesa e todas as entidades que o compõe, apoiaram e deram suporte à decisão de suspender a vacinação para pedir o certificado internacional. “Desta forma, o Rio Grande do Sul pode ser reconhecido pelos principais mercados como um estado que, além de ter produtos de qualidade, ainda possui um Serviço Veterinário oficial com credibilidade.”

O presidente do fundo destaca ainda que as ações desenvolvidas são parte de um conjunto de melhorias e de evolução e que dizem respeito sanidade como um todo, não só na aftosa. Neste período o RS recebeu o certificado de área livre de Peste Suína Clássica, e vem trabalhando para manter outras doenças como Influenza Aviaria, New Castle e Peste Suína Africana longe do estado.

A busca pela abertura de mercados, esperada com a certificação, é trabalho que vem sendo realizado pelo Ministério da Agricultura, através de seus adidos agrícolas, pelas entidades que participam de negociações pelo mundo e pelas empresas exportadoras, que estão prontas para atender novas demandas.

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