Na situação inicial, a pessoa começa a ter sintomas após práticas como a atividade física, em especial atividades físicas que contenham mais rotação da articulação do quadril.
“Podemos falar do exemplo do futebol, do tênis, ou até mesmo atividades na academia. Todas podem gerar esse desconforto. O importante é saber que o desconforto vai começar após uma prática esportiva e normalmente, o local que a pessoa desenvolve sintomas, é na parte da frente da união da coxa com o tronco.”
Conforme o médico, os outros pontos de dor podem ser na parte lateral, na parte do glúteo, na parte da lombar e na parte do joelho. “Esses outros pontos podem tornar a identificação da dor mais difícil, mas quando a dor aparece na virilha o culpado realmente é o quadril.”
Dr. Gusmão ainda afirmou que em um estágio um pouco mais avançado, “a pessoa começa a ter dor ao ficar agachado, sentar em um banquinho mais baixo, colocar meias, colocar sapatos, cortar a unha dos pés, entrar e sair do carro. Em viagens longas a pessoa se sente meio travada da articulação do quadril, as pernas também ficam travadas e ela precisa levantar do carro e dar uma caminhada para aliviar. Isso é uma coisa bem comum de acontecer.”
O médico ponderou que os movimentos que foram descritos são movimentos que têm alguma amplitude maior da movimentação da articulação do quadril. “Em uma situação mais avançada o paciente começa a ter muita dor ao caminhar na região da virilha, dor ao subir e descer escadas, dor ao se levantar de uma cadeira depois de um certo tempo sentado… E na medida que o tempo vai passando a pessoa começa a mancar. A partir disso, a pessoa manca porque não está tendo dor, mas sim porque está tendo fraqueza naquela musculatura que comanda o quadril.”
Já em um caso ainda mais avançado, segundo David, a pessoa começa a ter uma diminuição de comprimento da perna que está sendo afetada pelo desgaste.
“A maneira de diagnosticar é através do exame físico com um médico especialista em quadril onde o paciente fica deitado, a coxa dobrada em relação ao tronco 90° e a gente faz o movimento de rotação da perna pra ver como é que está a amplitude e movimento do quadril. A partir disso, fazemos dois exames, um exame de raio-x e um exame de ressonância nuclear magnética para se determinar a presença ou não e o grau do desgaste que o paciente se encontra, porque o tratamento vai ser completamente dependente de qual o grau de artrose que está presente no quadril”, finalizou.
Sobre Dr. David Gusmão
David Gusmão é Médico Ortopedista, especialista em Quadril e Cartilagem. Formado em Medicina pela PUC do Rio Grande do Sul e com diversas especializações nos Estados Unidos e Europa. A sua missão é preservar a função do quadril com as melhores e mais modernas técnicas da medicina.