Quando o medo se torna patológico
O medo é um sentimento que ajudou nossos ancestrais a sobreviverem em um mundo hostil e cheio de perigos. Entretanto, o mesmo medo que permitiu a sobrevivência e a evolução da raça humana, hoje tem se mostrado um verdadeiro transtorno na vida de muitas pessoas. Estamos falando das fobias específicas, que acontecem quando uma pessoa desenvolve o medo patológico de animais, objetos ou situações.
Segundo dados do National Institute of Mental Health (NIMH), entidade norte-americana voltada para a saúde mental, as fobias específicas atingem cerca de 12,5% da população em geral. No recorte entre gêneros, porém, a diferença é grande: 12,2% das mulheres e 5,8% dos homens. Mas, afinal, quando aquele medo intenso de barata, ou de pegar um elevador ou de viajar de avião, por exemplo, se torna patológico?
Segundo o psiquiatra Dr. Caio Magno, da Clínica Estar, o medo é considerado patológico quando é exagerado. “O medo se torna uma fobia quando é desproporcional em relação ao estímulo e interfere na vida profissional, social e acadêmica, impedindo a pessoa de realizar suas atividades”.
Para ser uma fobia específica, o medo precisa estar relacionado a animais, objetos ou situações. Além disso, há outros critérios para o diagnóstico, como sofrimento clinicamente significativo e sintomas que persistem por mais de seis meses.
O ranking do medo
A fobia específica mais comum é o do tipo animal, seguida do tipo ambiental (medo de tempestades, altura, etc.). Em seguida temos as fobias do tipo situacional (medo de lugares fechados, elevadores, aviões, etc.) e, por último, as fobias do tipo sangue-injeção-ferimentos.
Fobias e seus nomes curiosos
Para cada fobia específica há um nome. Veja abaixo algumas:
- Medo de cães: cinofobia
- Medo de aranhas: aracnofobia
- Medo de baratas e outros insetos: entomofobia
- Medo de viajar de avião: aerofobia
- Medo de lugares fechados: claustrofobia
É possível tratar?
Atualmente, o tratamento mais eficaz para as fobias específicas é a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) e técnicas de exposição. “Essas abordagens ajudam o paciente a modificar seus pensamentos disfuncionais ou distorcidos a respeito do medo, contribuindo para mudar o seu comportamento perante os animais, objetos ou situações que geram a fobia, conclui Dr. Caio Magno.