Com a chegada das temperaturas mais baixas, aumenta a preocupação com a saúde da pele. Isso porque o frio costuma deixar o maior órgão do corpo humano mais ressecado, exigindo cuidados e hidratação adicionais. No caso das pessoas portadoras de doenças dermatológicas, a situação requer ainda mais atenção.
Um estudo apontou que os sinais de psoríase e acne são mais graves no inverno que no verão. O clima, associado a outros fatores, como ar seco e exposição reduzida à luz solar, pode ser um fator complicador para a psoríase.
A pesquisa realizada com mais de cinco mil portadores de psoríase utilizou o índice PGA (avaliação global médica) para medir a gravidade das lesões nas quatro estações do ano.
Os dados demonstraram que, no verão, 20,4% dos pacientes apresentaram-se livres de lesões; enquanto no inverno, apenas 15,3% atingiu esse índice. Além disso, o número de casos com a manifestação mais grave da psoríase é maior na estação mais fria do ano: 40,5% comparado aos 34,1% no verão.
“No clima frio, acontece uma desidratação da pele tanto pelas temperaturas baixas como pelo uso de roupas apertadas que entram em atrito com as lesões da psoríase, podendo causar uma piora nos sintomas da doença”, explica Paulo Oldani, dermatologista e chefe do serviço de Dermatologia do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro.
O estudo ainda apontou que os quase quatro mil pacientes que foram analisados diversas vezes mantiveram a tendência de apresentar melhores índices no verão e piores no inverno.
Esse quadro de maior gravidade no frio exige do paciente mais cuidado com a pele. O especialista ressalta que é essencial manter a pele bem hidratada. “Banhos quentes e demorados e uso excessivo de sabonetes não são indicados. Além disso, é recomendado o uso de roupas mais soltas e de tecidos mais leves.
O paciente também precisa expor as lesões ao sol, ou seja, aos raios ultravioleta, pois a exposição controlada ao sol, pode reduzir as lesões da psoríase”.
Outro ponto importante é a continuidade do uso de medicamentos e o tratamento adequado para cada tipo da doença. Desde os quadros mais leves, até o mais grave, faz-se uso de tratamentos tópicos, entretanto, para casos da enfermidade com avaliação de moderada a grave, há também outros tipos de tratamentos, desde imunossupressores (que atuam no sistema imunológico reduzindo a inflamação ) a medicamentos mais avançados como os biológicos, que demonstram alta eficácia e rapidez de ação.