De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia, IBGE, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação, Abinpet, existem mais de 22 milhões de gatos no Brasil e esse número deve superar o de cães, hoje mais de 52 milhões, em apenas 10 anos.
Cada vez mais, o gato tem sido eleito como animal de estimação porque se adapta facilmente à dinâmica da vida moderna. Até nos projetos de decoração do lar, os bichanos são lembrados. “Esses animais passaram a ser tratados como membros da família e são sempre citados no briefing de projetos e é importante adaptar a casa para eles também”, conta a arquiteta Carmen Calixto.
Em um projeto recente, a designer de interiores Laura Santos, fez algumas especificações pautadas pelas necessidades dos pets da cliente: “Na casa há dois gatos e um cão. Eles gostam de tecidos mais finos. No piso, o porcelanato foi escolhido pelo aconchego e facilidade na hora de limpar xixi e cocô. No corredor, colocamos fotos dos animais para destacá-los”.
Carmen explica que existem algumas diferenças dos projetos de residências que tem apenas cães ou gatos: “Em casas com cães, a preferência são pisos que sejam fáceis de lavar. Já tapetes felpudos são evitados. Nas residências com felinos, tecidos e texturas convidativas a afiarem as garras são proibidos ou é prejuízo na certa. É válido apostar em móveis e ‘circuitos’ para que os gatos possam escalar, eles amam”.
Para Laura, em projetos que contemplam os pets, “o que não pode faltar são peças fáceis de manutenção, pisos frios e telas de proteção na janela”. Carmen acrescenta: “espaços para os gatos brincarem são imprescindíveis”. Por falar em brincadeira, a arquiteta trouxe uma solução bem interessante para uma cliente. “Criei um playground suspenso para os gatinhos brincarem na varanda. Além de divertido, o recurso não ocupou espaço e ficou bem legal esteticamente”, encerra Carmen.