O processo de envelhecimento facial se inicia por volta dos 35 anos e vai se acentuando com o passar dos anos. Quando os pacientes percebem essa alteração, passam a procurar por soluções estéticas, principalmente após os 40 anos. Nessa idade, é comum ocorrer absorção da gordura profunda facial e remodelamento ósseo. Ou seja, há áreas na face onde os ossos são absorvidos (diminuem de espessura) e outras partes onde ele é depositado, o que resulta num aspecto “cansado” em pacientes mais jovens e num aspecto encovado” em pacientes mais velhos.
Na região dos olhos, o resultado deste processo é o aspecto de afundamento, destacando as bolsas superficiais de gordura das pálpebras que não são absorvidas como acontece com as bolsas de gordura profunda, dando um aspecto “cansado” ao olhar . A pele que reveste todo o esqueleto enruga e fica flácida, porém, não diminui, acumulando-se sobre as pálpebras. Em casos mais graves, esse excesso pode atrapalhar a visão, além de trazer consequências à autoestima das pessoas.
“O aumento da expectativa de vida mudou nossa relação com o corpo. O aspecto de envelhecimento não condiz mais com a sensação de vitalidade e jovialidade. Nestes casos, é possível recorrer a um especialista para avaliar o quadro e, se aplicável, realizar uma correção plástica. Também existem procedimentos minimamente invasivos, que dispensam a cirurgia, como peelings profundos na pele da pálpebra inferior e preenchimentos faciais com ácido hialurônico, o MD Codes”, explica a Dra. Célia Sathler, oftalmologista especialista em cirurgia plástica do H.Olhos – Hospital de Olhos. “Para pacientes em que o acúmulo de pele passa atrapalhar a visão a indicação mais precisa ainda é a correção cirúrgica.”
Quais são as cirurgias mais comuns?
A cirurgia plástica ocular mais comum é a Blefaroplastia, que consiste na retirada do excesso de pele das pálpebras superiores e, em alguns casos, das inferiores. Em algumas situações, também se eleva o supercilio e retiram-se as bolsas de gordura. É a terceira cirurgia plástica mais realizada no mundo, e conta com alto índice de satisfação. “Além da melhora do campo visual nos pacientes com elevado excesso de pele na região, o rejuvenescimento facial que promove é indiscutível”, avalia a especialista.
Entrópio e Ectrópio
Segundo a Dra. Célia, os procedimentos Entrópio e Ectrópio corrigem alterações na anatomia da margem da pálpebra, quando sua extremidade dobra para dentro ou para fora. Estes quadros implicam em problemas graves à superfície ocular, como hiperemia (aumento da quantidade de sangue circulante), sensação de corpo estranho ou areia nos olhos e lacrimejamento. Casos mais graves podem gerar ceratites infecciosas (úlcera de córnea) e, até mesmo, cegueira, se não forem corretamente tratados.
Ptose Palpebral
A Ptose Palpebral é a cirurgia que corrige a queda da pálpebra superior, e pode ser realizada em um ou nos dois olhos, caso ambos tenham sido acometidos. Existem casos de ptose congênita que podem ser muito severos, inibindo o desenvolvimento da visão. “Os olhos são peças fundamentais na expressão de emoções. Alterações nesta região podem conferir um aspecto de cansaço, tristeza, desânimo e até envelhecimento, não condizentes com o sentimento do paciente. As pessoas devem romper preconceitos e temores e buscar orientação médica de um oftalmologista e cirurgião para avaliar a situação”, acrescenta a médica.
Procedimento
O procedimento cirúrgico é, na maioria das vezes, realizado com anestesia local e/ou sedação. Por isso, deve ser feito por uma equipe profissional treinada, em um hospital com estrutura completa e tecnologias avançadas, para garantir a segurança do paciente, minimizando riscos. O tempo da cirurgia varia caso a caso, assim como o processo de recuperação. Por esta razão, é indispensável que as pessoas busquem orientação especializada.