EventosNotíciasPorto Alegre

OSPA apresenta “Quarteto para o Fim dos Tempos”, de Olivier Messiaen, no domingo (18)

A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) apresenta uma das principais obras de música de câmara do século XX neste domingo (18), pela Série Música de Câmara.

Às 18h, a Sala de Recitais da Casa da OSPA recebe a violinista Brigitta Calloni, o clarinetista Diego Grendene e a violoncelista Martina Ströher, músicos da orquestra, além da pianista convidada Liliana Michelsen para interpretar “Quarteto para o Fim dos Tempos”, obra-prima do compositor francês Olivier Messiaen. A apresentação é gratuita.

Escrita e estreada em um campo de prisioneiros durante a 2ª Guerra Mundial, as condições únicas da criação de “Quarteto do Fim dos Tempos” asseguram-na entre uma das mais simbólicas e destacadas obras para música de câmara do século XX. Após ser incorporado pelo exército Francês em 1939, o compositor e organista Olivier Messiaen foi capturado e transportado para um campo de prisioneiros em 1940, próximo à cidade de Dresden, na Alemanha.

Na prisão, Messiaen juntou-se ao violinista Jean Le Boulaire, ao violoncelista Étienne Pasquier e ao clarinetista Henri Akoka, parceria que resultou na composição do movimento “Intermède” e, consequentemente, na evolução desta seção para uma música completa de oito andamentos. Com o aval das autoridades nazistas, foi estreada em 15 de janeiro de 1941, em apresentação para outros prisioneiros e soldados alemães.

Entre as muitas características que atestam a originalidade deste trabalho, potencializado pelas circunstâncias severamente adversas, a própria formação chama a atenção. Os quartetos de violino, clarinete, violoncelo e piano são incomuns na música de câmara, como ressalta o clarinetista e diretor da Escola de Música da OSPA, Diego Grendene: “Esta obra de Messiaen é única, composta para ser executada com os músicos que eram prisioneiros com o compositor, por isso a instrumentação não usual”.

Além de sua formação, outra característica definidora de “Quarteto para o Fim dos Tempos” é seu profundo simbolismo. “O compositor dedicou a obra ao Anjo do Apocalipse, que ergue a sua mão para o céu e diz: ‘Não haverá mais tempo'”, destaca Diego.

Tendo a fé católica como tema central de quase toda a sua obra, Messiaen reforçou os significados da música em sua dedicatória, e também em seu discurso, em 1941, antes da estreia desta peça do repertório de câmara.

Recital da Série Música de Câmara

  • Quando: domingo, 18 de setembro de 2022, às 18h.
  • Onde: Sala de Recitais da Casa da OSPA (CAFF – Av. Borges de Medeiros, 1.501, Porto Alegre, RS).
  • ENTRADA FRANCA
  • Estacionamento: gratuito, no local.
  • Classificação indicativa: não recomendado para menores de 6 anos.
  • Acessibilidade: pessoas com mobilidade reduzida.
  • Informações para o público: (51) 3288-1507, de segunda a sexta, das 9h às 18h.
Botão Voltar ao topo